06 de dezembro | Sexta-feira às 21h30 | no Teatro Taborda
Entrada livre
Classificação etária: M/12
Duração: 83 minutos
MULHERES DA BEIRA de Rino Lupo | Com A Cantadeira
Sinopse:
A 8ª edição do Salão Piolho – Cine-Concertos chega mais uma vez à cidade de Lisboa, com a missão de proporcionar um novo olhar sobre um cinema que importa recordar.No dia 6 de dezembro, sexta feira, pelas 21h30 no TEATRO TABORDA, cine-concerto MULHERES DA BEIRA de Rino Lupo, com A Cantadeira. Esta é uma iniciativa da Fundação INATEL acolhida pelo Teatro da Garagem.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Com: José Soveral, Branca de Oliveira, Joaquim Almada, Sarah Cunha
Legendado em português
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com
“Arouca. O trágico devaneio de Aninhas, uma jovem e bela camponesa que, por sonhos de riqueza e fascínio amoroso, repele o afeto de André, um rústico contemplativo. Enredada pela sedução do Fidalgo da Mó, é eventualmente desprezada…”
José de Matos-Cruz
Aninhas, filha de um moleiro, é enviada diariamente para vender pão em Arouca, uma pequena vila. No caminho, ignora o amor do pastor André e, ao chegar à vila, encanta-se com o luxo e a sofisticação dos fidalgos. Em uma dessas viagens, Aninhas é seduzida pelo Fidalgo da Mó e foge com ele para o Porto, onde experimenta o esplendor da cidade. No entanto, o fidalgo rapidamente a abandona por outra amante, Clara d’Orsay.
Sobre A Cantadeira
Joana Negrão, conhecida por sua ligação à música de tradição oral portuguesa, desde os Dazkarieh aos Seiva, traz à vida o espetáculo “A Cantadeira”. Inspirada pelas vozes das mulheres de antigamente e de hoje, Joana apresenta uma performance a solo, onde a voz é o fio condutor. Através de camadas de vozes sobrepostas e gravadas ao vivo, A Cantadeira envolve o público em paisagens sonoras que combinam o passado e o presente.
18 de novembro| Segunda-feira das 18h às 20h 25 de novembro | Segunda-feira das 18 às 21h, no Teatro Taborda
Não perca o CICLO GOETHITE FÁUSTICA que irá decorrer, nos dias 18 de novembro, segunda-feira, das 18h00 às 20h, e no dia 25 de novembro, das 18h00 às 21h00, no Teatro Taborda, em Lisboa. Este é um projeto organizado pelo Teatro da Garagem e Universidade Nova de Lisboa. Entrada é livre.
FAZER DISSO UM CREDO
por Carlos J. Pessoa, diretor do Teatro da Garagem
Sobre o Ciclo Goethite, é tudo bom, promissor, entusiástico!
Fazer teatro é um momento de actividade artística e cívica; um pretexto para meditar a partir dos impulsos, sugestões e inspirações, propiciadas pelo objecto artístico.
O teatro completa-se no meta-teatro, na sobreposição de leituras, na sua rarefacção, na injuncão, na aporia; alteração insubmissa, diagonal.
Quanto a Goethe, o polímata, o sabedor e des-sabedor, importa, se calhar, reter uma curta provocação, nesta idade de IA galopante: se Fausto representa o fausto, a ambição desmedida, o ver, cada vez mais, que leva à cegueira; se, por hipótese, o progresso se faz de mais e mais dados, se o petróleo do presente é a informação, mais e mais, acumulada, vectorializada, cruzada, confrontada, recombinada, em aceleração vertiginosa, à velocidade da luz, imagine-se o contrário.
O des-saber, des-acumular, o esvaziar; o vazio do copo para que o copo, de facto, possa existir.
Uma coisa oriental sem rosa dos ventos; um ponto cardeal a vadiar.
Compare-se o negrume mineral de Goethe com a matéria negra universal, por enquanto misteriosa, mas, por simpatia hipotética, expansão do contrário da acumulação: ócio como expansão do negócio, o silêncio como expansão natural do ruído.
Uma vigília musical que se entretece de momices; como o ronronar de um gato que ora aparece, ora desaparece.
Termos a contemplação em lugar da posse.
Termos um novel progresso que não se faz de ter, mas de dar; de uma falência progressiva do tecido empresarial, dos conglomerados monopolistas, em troca do regresso aos bosques da benfeitoria, do zelo, da comunhão e da ironia desmantelada de caprichos (exercício culposo talvez, sem ser fetichista, mágico ou rancoroso; um rigor de contar pelos dedos).
Uma linha de sombra.
Uma solidão artificial por oposição ao paraíso ausente, sem receio de pecados nem melancolia vã; uma história sem passado, sem trauma ou vinco; uma narrativa que se conta sem favor nem pasmo.
Uma delicada feição, um ajuizar morno.
Imagine-se então uma prática comum de co-responsabilidade, de um altruísmo específico, de inteligência fina, incorruptível porque aberta; que se presta a um sentimento de plenitude na pequena coisa, no detalhe; na insignificância livre; como um recadinho em papel de embrulho, ou uma côdea amassada na boca de uma criança.
Dispensam-se utopias, para evitar distopias, mas sabe-se disso.
Um novo mundo de pão e saliva inocente.
Um esvaziamento voluntário.
Reter a respiração e não temer a frase incompleta.
Completar-se na incompletude. Fazer disso um credo.
Ciclo Goethite Fáustica, 18 e 25 de Novembro, no Teatro Taborda
Programa organizado por Cláudia Madeira
Parceria entre o Teatro da Garagem e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Este ciclo de conversas desenvolvido numa parceria entre o Teatro da Garagem e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa tem por objetivo ampliar e enquadrar a peça Fausto de Goethe, com estreia no Teatro Taborda, em Lisboa, no dia 28 de novembro de 2024.
Entre a Filosofia e o Cinema teremos como referência para analisar este último mito da Humanidade uma pedra mineral de nome Goethite, em homenagem ao poeta e polímata (“aquele que sabe muitas coisas”) Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832). Estas conversas são pontes para a leitura da peça teatral e para os nossos questionamentos sobre a nossa vida de todos os dias na atualidade.
A OBRA DE GOETHE E AS METAMORFOSES FÁUSTICAS
Cláudia Madeira, Professora Associada e Vice-coordenadora do Grupo Performance & Cognição ICNOVA NOVA FCSH
A peça Fausto revela-se na duração do tempo, percorre desde a raiz das lendas, até à nossa vida atual. A versão de Goethe ultrapassa os sessenta anos que o autor dedicou a esta obra (a segunda parte foi publicada depois da sua morte) e mistura-se, como o último mito universal da Humanidade, com as nossas vivências, como num grande Athanor, esse forno alquímico onde destilamos a nossa passagem pelo mundo, onde procuramos aprendizagens e conhecimentos, encontrar perceptos e afetos, forjar concretizações hedonistas e intenções altruístas.
Na peça de Fausto, de Goethe, o pacto com Mefistófeles leva-o numa longa viagem onde encontramos os arquétipos do cientista, do amoroso, do sonhador, do incrementador ou do capitalista (Berman, 1989). Na adaptação que fizemos da sua obra, a partir da tradução de João Barrento, encontramos e, por vezes, até sublinhamos, apontamentos de outras obras de Goethe, a Metamorfose das Plantas (1790), o Jogo das Nuvens (1820), a Teoria das Cores (1810) ou o romance Afinidades Eletivas (1809), para irmos ao encontro do que na vida de Fausto é o desejo de conhecimento e o princípio do prazer. Dois movimentos essenciais da emancipação humana (Barrento 2003).
Encontramos nesta obra o limiar da ciência, o percurso alquímico do ser: “a alquimia é a arte do acabamento do homem, ela transforma os escravos em Mestres, em seres livres(…). Tal é também a perspetiva que ilumina o Fausto: a valorização da busca, do esforço, ao longo de um percurso irregular” (Centeno 2007:79). Desta forma, como nos diz Yvette Centeno: “Fausto é um homem imperfeito, excessivo, cheio de contradições – permanecê-lo-á até ao fim. Mas na alquimia o que está em jogo não é tanto a perfeição, como lembrou Jung, mas antes a plenitude – a plenitude do acabamento compreende naturalmente as faltas e os erros.” (p. 79).
O percurso alquímico surge associado aos elementos água, fogo, terra e ar mas também a cores, especialmente a três cores, o negro, o branco e o vermelho e/ou dourado. O negro associado ao nigredo, purgação, dissolução ou putrefação, personificado na primeira parte da peça pela noite da tentativa de suicídio, do desespero do confronto com uma ciência estéril que reproduz o caminho negativo percorrido pelo seu pai, uma ciência equiparada a um beco sem saída, uma ciência ilusória que mais do que cura produz morte. É desse negro, e com Mefistófeles como guia que se inicia a procura do albedo ou iluminação, a aproximação ao branco, quase atingido por via do amor por Margarida. Busca essa que falha, esgotando-o e arrastando-o num novo nigredo com a morte desta. Encerra-se nessa primeira parte da peça a história do pequeno
mundo, o mundo confinado das aldeias e vilas campestres, de uma ciência falhada e de um amor manchado.
Na segunda parte da peça, Fausto recupera e volta à sua viagem, num novo ciclo que se abre para o grande mundo, contendo em si as cinzas dessa experiência de purgação, a viagem ao interior de si mesmo para “alargar os limites do seu eu até aos limites do eu da Humanidade inteira” (Centeno 2007:87). A aurora da manhã desponta de novo. Essa viagem leva-o para lá do tempo presente a uma viagem à Grécia antiga. O encontro amoroso com Helena de Troia traduz mais um passo da sua evolução espiritual, encontra-se com o inconsciente coletivo, traz à vida o arquétipo da pura Beleza, que Fausto integra na sua experiência. Helena revela a realidade perfeita refletida no espelho da bruxa, os ideais formulados na Antiguidade, e a experiência que o arrancará aos “limites do tempo e do espaço” (Centeno 2007: 92). A plenitude é quase atingida. Mas é interrompida abruptamente, o branco da iluminação permanece por atingir, diluindo-se em centelhas de luz que de novo se dissolvem, perdendo a claridade e se tornando centelhas de luz negras, com a morte de Euphorion, o filho da beleza helénica e da coragem fáustica.
Caindo de uma nuvem, Fausto retorna ao tempo presente. Neste mundo concreto procura ser útil à Humanidade, dirigir a sua ação por via do conhecimento, e fazendo do seu laboratório o mundo todo. Deseja transformar o mar em terra fértil, em cidade utópica, num processo sem limites, possível, contudo, só por ato mágico. O seu desejo é mais forte que o seu conhecimento, a vontade transforma-se em obra, nasce o projeto de uma cidade com a ajuda de Mefistófeles, mas não se dá sem engolir o mundo natural e as suas gentes, personificadas por Báucis e Philomen. De novo, nessa inesgotável vontade de ação, Fausto abandona o pequeno mundo à sua sorte. Um reduto de paz campestre que, para ser concretizada a obra, arde no fogo. A cidade nasce com a utopia de liberdade sobre os constrangimentos da natureza.
Fausto consegue concretizar a sua obra derradeira, mas cega. No seu último suspiro sente ainda o cheiro doce das tílias desse pequeno mundo desaparecido.
Na peça não chegamos ao vermelho, a cor da realização espiritual final ou união dos místicos, que nas concretizações do homem se pode transformar no dourado, o ouro da pedra filosofal. Encontramos apenas o seu prenúncio, uma espécie de ouro em pó que se encerra nessa brisa com cheiro a tílias.
Sabemos da peça de Goethe que depois da sua morte Fausto torna-se Mestre, aprendeu e pode ensinar. Já não precisa de guias, ele será o novo guia desse grande mundo que criou. O nosso mundo.
Podemos rever-nos nesta peça como num espelho de água, narcisos ou nenúfares em flor em águas límpidas ou em águas turvas, por vezes, ofuscados pela escuridão, pelo nigredo, por vezes, pelo excesso de luz, outras vezes conseguimos ver nesse espelho tudo o que nos rodeia e tudo o que por uma espécie de “toque de magia” acrescentamos ou fazemos desaparecer.
A peça de Goethe trata da origem da liquidificação da vida. Para melhor compreendermos a sua obra talvez valha a pena debruçarmo-nos pelos ensaios do sociólogo Zygmunt Bauman. Os seus diversos livros intitulados Modernidade Líquida, Amor Líquido, Tempos Líquidos, Vida Líquida, ou ainda Medos Líquidos representam as metamorfoses fáusticas na nossa vida quotidiana. Aí encontramos a concretização da análise de Marshall Berman na sua obra Tudo o que é solido se dissolve no ar (1989). Da esfera íntima à esfera pública tudo se transforma numa forma incorporada de capitalismo a que deveremos estar atentos, como apresentou Anne Imhof, na sua versão premiada de Fausto, no Pavilhão da Alemanha, na Bienal de Veneza de 2017.
O Fausto faz parte do ar dos tempos, incorpora hoje todas as personagens, está em Mefistófeles, em Margarida, em Helena, no Homúnculo, em Euphorion, nas criptomoedas, nos apetrechos tecnológicos, nos novos líderes do nosso mundo. Em nós. Fausto dirige uma tempestade a que chamamos de progresso mas onde, por vezes, ainda ecoa na memória o cheiro das tílias e o seus contornos.
BIBLIOGRAFIA:
Barrento, J. (2003). “Introdução”. Fausto de Johann W. Goethe, Relógio D’Água Editores, (5-25)
Berman, M. (1989). “O Fausto de Goethe: A tragédia do Desenvolvimento”. Tudo o que é solido se dissolve no ar. Edições 70 (41-94).
Centeno, Y. K. (2007) “A Alquimia e o Fausto de Goethe”. Teatro e Sociedade Edições Universitárias Lusófonas (77-105).
Goethe, J. W.(2022 [1790]). A Metamorfose das Plantas, Edições do Saguão.
Goethe, J.W. (2003 [1800-]). O Jogo das Nuvens, tradução de João Barrento. Assírio & Alvim.
Goethe, J.W (1999 [1809]). As afinidades electivas. Relógio Dágua.
Goethe, J.W (2013 [1810]). A Doutrina das Cores. Nova Alexandria
Goethe, J. W.(2022 [1790]). A Metamorfose das Plantas. Edições do Saguão.
Cláudia Madeira
Professora Associada com Agregação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Vice-coordenadora do grupo de investigação Performance & Cognição do ICNOVA NOVA FCSH e investigadora do grupo Teatro e Imagem do Centro de Estudos de Teatro da FLUL. Realizou o pós-doutoramento intitulado Arte Social. Arte Performativa? (2009-2012) e o doutoramento em Sociologia sobre Hibridismo nas Artes Performativas em Portugal (2007) no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É autora dos livros Performance Art in Portugal (Routledge 2023), Arte da Performance Made In Portugal (ICNOVA 2020), Híbrido. Do Mito ao Paradigma Invasor? (Mundos Sociais, 2010) e Novos Notáveis: Os Programadores Culturais (Celta, 2002), entre outros. Escreveu vários artigos sobre novas formas de hibridismo e performatividade nas artes. Leciona na licenciatura e mestrados de Artes Cénicas e Comunicação e Artes do Departamento de Ciências da Comunicação na NOVA/FCSH. Desde 2017 tem vindo a desenvolver trabalho de dramaturgia em colaboração com o Teatro da Garagem O Canto do Papão Lusitano (a partir de Peter Weiss, Lisboa e Bragança 2017); Teatro de um Homem (L)ido (a partir do livro de E.M. de Melo e Castro, Lisboa e São Paulo, 2018); Outra Tempestade (a partir de Shakespeare e Césaire Lisboa e Cabo Verde, 2023), Fausto (a partir de Goethe, Lisboa, 2024). Recentemente participou nas conferências-performance com dramaturgia coletiva: Tempestade Real (Florianópoles, Agosto 2024) e Crazy Kales (Barcelona, Novembro 2024).
18 DE NOVEMBRO, 18H-20H
Bartholomew Ryan
Os Faustos na filosofia: dúvida, desejo, desespero e negação
A história e a figura de Fausto não só inspiraram a criação de muitas grandes peças, poemas e romances da literatura moderna (Marlowe, Goethe, Lenau, Heine, Stein, Pessoa, T. Mann, K. Mann, J. G. Rosa, Bulgakov, etc.), mas também, embora de forma mais implícita, de importantes obras na filosofia moderna. Fausto foi chamado “personificação da dúvida” por Kierkegaard; A Fenomenologia do Espírito de Hegel (publicada no mesmo ano que a obra de Goethe, Fausto: Parte I) pode ser vista como uma viagem filosófica faustiana; e “o espírito que sempre nega” [der Geist der stets verneint] de Mefistófeles assombra as obras revolucionárias de Marx, Nietzsche e Georg Lukács. Através do mito de Fausto na filosofia, podemos compreender e enfrentar melhor alguns estados interpenetrantes e mutáveis da realidade contemporânea, como a dúvida, o desejo, o desespero e a negação.
Bartholomew Ryan é investigador de Filosofia no Instituto de Filosofia da NOVA (IFILNOVA) da Universidade NOVA de Lisboa e professor convidado no Departamento de Filosofia da FCSH onde leciona um curso de mestrado sobre ‘Arte e Experiência’. É coordenador do Grupo de Investigação “Formas de Vida e Práticas da Filosofia”, e foi coordenador do CultureLab no IFILNOVA de 2017 a 2022. É membro do “Grupo de Investigação em Filosofia e Literatura” e do “Grupo de Estudos sobre Nietzsche”. É ainda membro da equipa de investigação do Projecto Exploratório “Mapping Philosophy as a Way of Life: An Ancient Model, a Contemporary Approach”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Foi docente no Bard College Berlin (2007-2011), e lecionou também em universidades no Brasil, bem como em Oxford, Croácia, Aarhus, Dublin e Bishkek.
O seu trabalho académico e criativo orbita em torno do tema da “transformação” e da pluralidade do sujeito, levando em consideração as múltiplas realidades e identidades que pode construir a condição humana moderna e o ser ecológico. Os principais âmbitos da sua atividade académica são sobre a tensão entre filosofia e literatura, modernismo como um problema filosófico, o teatro do Eu, e a arte ecológica da viver e morrer, com um foco especial sobre figuras como Kierkegaard, Pessoa, Joyce, Nietzsche, e Roger Casement. Os seus próximos dois livros são Fernando Pessoa: Critical Lives(Reaktion Press, 2024) e James Joyce: The Unfolding Art of Flourishing and Decay (OUP, 2025). Também é o autor do livro Kierkegaard’s Indirect Politics: Interludes with Lukács, Schmitt, Benjamin and Adorno (Brill/Rodopi, 2014). É co-organizador de quatro livros, o mais recente é Fernando Pessoa and Philosophy: Countless Lives Inhabit Us (com Antonio Cardiello e Giovanbattista Tusa; Rowman & Littlefield, 2021).
Na área de música: em 2022, lançou um álbum a solo chamado ‘Jabuti’ sob o nome Loafing Hero; e é ainda líder do projeto musical internacional The Loafing Heroes, que lançou o seu sexto álbum, ‘meandertales’, em 2019. Faz também parte do projeto de música experimental Headfoot.
25 DE NOVEMBRO, 18H-21H
Pedro Florêncio
Dos estudos de Goethe aos esboços de Murnau: notas sobre materialismos em Fausto (1926)
Esta sessão terá como caso de estudo o filme Fausto (1926), de F. W. Murnau, do qual veremos três breves excertos acompanhados de comentários sobre os conceitos de “estudo” e “esboço” enquanto subgéneros menores da história da arte. Argumentar-se-á que as obras de J. W. von Goethe e F. W. Murnau estão na base de uma proposta estética em que a filosofia romântica e a modernidade artística se consubstanciam, deixando-nos pistas para a pensar o cruzamento entre arte e ciência nos dias de hoje.
Pedro Florêncio é licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema, mestre em Cinema e Televisão pela NOVA FCSH, doutorado em Artes Performativas da Imagem e Movimento pela Universidade de Lisboa. Realizou, entre outros, os filmes À Tarde (2017), Turno do Dia (2019) e Nocturna (2023). Publicou, em 2020, o livro “Esculpindo o Espaço – O cinema de Frederick Wiseman”, entre outras publicações dispersas sobre cinema. É docente na NOVA FCSH.
28 de novembro a 1 dezembro | Quinta-feira às 19h30, Sexta-feira e Sábado às 21H e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
Johann Wolfgang Von Goethe trabalhou 60 anos da sua vida na obra Fausto. O que é que leva uma pessoa a dedicar 60 anos da sua vida a uma tarefa? Que queria Goethe com este projecto desmesurado? Salvar a humanidade do seu destino inexorável, trágico, fatídico; repleto de interjeições, mistérios, sobressaltos? Que absoluto busca Goethe? Que podemos aprender com ele? Muita coisa: o deslumbramento do mundo, da sua multiplicidade, da sua riqueza; de macro a micro e vice-versa; da inelutável fertilidade que contrapõe ao fim o início, como se a morte estivesse colada à acção e ao desejo; como se (re)nascêssemos dessa guerra de Tróia revisitada: matar o adversário é possuí-lo , é amá-lo e conhecê-lo, é comê-lo para o homenagear e para garantir a posse das suas qualidades. Viveremos sempre da aniquilação, subjugação, colonização de um outro? É uma ideia insuportável e ainda assim, continuamos; Goethe continuaria mais 60 anos se o pudesse. E por fim, a revelação. A de não restar outra possibilidade que a do progresso nos explodir nas mãos, como dispositivos armadilhados: pagers, telemóveis, walkie-talkies, painéis solares; crashes vários, num complô de explosões simultâneas, que nos reduz à ínfima condição de gente nua e assustada, tal e qual a serie televisiva de grande sucesso, só que sem espectadores, nem cenário exótico, já que estamos todos nus e assustados.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
TEXTO: Johann Wolfgang Von Goethe ENCENAÇÃO: Carlos J. Pessoa DRAMATURGIA: Cláudia Madeira CENOGRAFIA: Herlandson Duarte DESENHO DE LUZ: Luís Bombico FIGURINOS: Miss Suzie ASSISTENTE DE FIGURINOS E CORTE: Dino Lima ASSISTENTES CONFEÇÃO: Carolina Fadigas, Marisa Carboni e Sara Peterson CABELOS E MAKE UP: Miss Suzie e Guilherme Gamito OPERAÇÃO DE LUZ: André Mateus e Luís Bombico OPERAÇÃO DE SOM E VÍDEO: Jorge Oliveira INTERPRETAÇÃO: Ana Lúcia Palminha, André Pardal e Nídia Cardoso FOTOGRAFIA E VÍDEO: Vitorino Coragem COMUNICAÇÃO: José Grilo DESIGN: Sara Kurash DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Raquel Matos PRODUÇÃO EXECUTIVA: Luís Puto e Rita Soares
Apoios: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Universidade Nova de Lisboa
Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Produção: Teatro da Garagem Apoio: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com
22 e 23 de novembro | Sexta-feira às 21h e sábado às 18h | no Teatro Taborda
Performance dramatizada de algumas páginas da ficção “Foliação – Applebroog-Horn” lidas pelo autor, Alberto Velho Nogueira, acompanhado pelas improvisações de Emídio Buchinho, guitarra e electrónica. As duas linguagens, a da leitura e a do guitarrista, propõem uma intervenção encenada sobre os sinais que o texto fornece, agora recitados num lugar específico para uma percepção dos discursos ficcionais, dando a possibilidade de interpretar ou de transformar os sentidos do texto. A leitura amplifica o trabalho literário ou favorece a complexidade dos sentidos. É uma leitura interpretativa de um modo de conceber o ficcional literário e o ficcional musical numa utilização dramática.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Leitura a partir de “Foliação – Applebroog – Horn”
Leitura: Alberto Velho Nogueira Guitarra e electrónica: Emídio Buchinho
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
14 a 17 de Novembro | Quinta-feira às 19h30, Sexta-feira e Sábado às 21H e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
“Toda a mulher tem sangue para quatro ou cinco filhos, e quando não tem transforma-se em veneno. É isso que vai acontecer comigo.” Inspirado numa peregrinação andaluza onde afluem mulheres estéreis, Yerma representa um drama humano: a frustração, a solidão, os ciúmes, o desencanto e as convenções sociais levam a personagem principal a cometer o irreparável para finalmente conquistar a liberdade. Situada entre as ´Bodas de Sangue` e ´A Casa de Bernarda Alba`, Yerma é transportada pela bela escrita metafórica de Federico García Lorca que compõe uma tragédia de frustração, misturando lírico e barroco. Toda a peça gira em torno da fertilidade: nesta primeira metade do século XX, como em todos os séculos que a precederam, a mulher é antes de mais nada um útero: “Nós, mulheres, só temos uma coisa a fazer: filhos e cuidar deles.” No entanto, o marido de Yerma, Juan, abandona a esposa enquanto ela sonha em ter um filho. Toda a vida da aldeia, toda a vida social, gira em torno da maternidade. “Além disso, nesta Andaluzia tão fortemente marcada pelo Islão e pelo catolicismo estrito, ter filhos é o sinal da eleição de Deus e a manifestação da sua bênção” (escreve Albert Bensoussan, tradutor da peça e autor do dispositivo crítico). A frustração desenvolvida por Yerma, a vergonha que sofre e o desejo carnal que sente por outro aldeão levam-na ao assassinato do marido.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Encenação: Alexandre Païta Texto: Federico Garcia Lorca Adaptação: Michelle Bercet Com: Sonia Vieira Cardoso, Pat Lagadji, Youri Hanne, Daniela Sepulveda, Jean – Baptiste Blondel, Stephanie Monastesse, Marie- Camille Courvoisier, Mileine Homsy, Antoine Bottiroli, Maé Mottaz Design vídeo: Daniela Sepulveda Criação de Luz: René Donze
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com
14 e 15 de Dezembro | Sábado às 21H e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
5 de abril – um vetusto regime ditatorial é derrubado, entre muitas flores e poucos tiros. Um homem vagueia pelas ruas de uma Lisboa que mal conhece, na busca inglória da efervescência da revolução. Um grupo de amigos comemora o 25 de abril no dia 25 de setembro. O anfitrião, Natal, reconstrói, criativamente, os acontecimentos, de forma a enfatizar o seu próprio envolvimento na revolução. Um grupo de estudantes africanos trava uma gloriosa luta para manter a ocupação da Casa de Macau. Sob a sombra do poder colonial, a menina Purificação é raptada por um poderoso da terra, despojada de seus laços e seu passado, submetida aos desejos de um “reizinho” – o administrador do concelho, simultaneamente presidente da câmara, juiz municipal, chefe da polícia e o que mais quiser ser. No palco os eventos sucedem-se violando a cronologia sequencial, qual peças de puzzles de memórias paralelas, em distintos horizontes temporais, que se convergem em torno de cravos e liberdade.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto Original: Germano Almeida Dramaturgia: Caplan Neves Encenação, Espaço Cénico e Direção Artística: João Branco Interpretação: Pedro Lamares, Matísia Rocha, Manuel Estevão e Sócrates Napoleão
Direção Musical: Sócrates Napoleão Direção de Movimento e Figurinos: Janaina Alves Música Original: Miss Universo Efeitos Sonoros: José Prata Cenografista: Manuel Estevão Desenho de Luz: César Fortes Design Gráfico: Nuno Miranda e João Branco
Fotografia de Cena: Pedro Sardinha (FITEI) Apoio à Residência de Escrita: Associação Caboverdiana de Lisboa Apoio à Residência de Criação: CRL Central Eléctrica, Armazém22 Apoio à Criação de Figurinos e Cenografia: Teatro do Noroeste / CDV
Produção: Saaraci Coletivo Teatral Produção, difusão e promoção: Companhia Nacional de Espetáculos
Apoios: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
11 e 12 DE Outubro | Sexta-feira e Sábado às 21H | no Teatro Taborda
A Amêsa ou a Cancão do Desespero é um monólogo para duas actrizes, no qual se revela a dualidade da condição humana e a oscilação entre o optimismo e o pessimismo no processo que levou da luta de libertação anticolonial até ao conturbado período imediatamente antes e depois da independência de Angola.
“Escrito em 1991, o drama coloca em cena a realidade de uma mulher Amêsa, e os seus conflitos. Amêsa simboliza a própria nação angolana, que sofre ao perceber que é destruída pelos próprios conflitos internos e vive na ténue linha divisória entre a esperança e a desesperança”. Luciana Éboli (Brasil).
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA Actrizes: Cláudia Púcuta- Amêsa 1; Graciany Sukissa – Amêsa 2 Texto, Cenografia e Direcção: José Mena Abrantes Figurinos: Anacleta Pereira Desenho de Luz: Paulo Cochat Desenho do Programa: Tiago Mena Abrantes Músicas e Som: Raul Rosário- Percussão e Ambiente Sonoro (ao vivo) Produção: Elinga-Teatro (57ª)
Acolhimento Teatro da Garagem Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Numa concepção utópica, Lavoisier, formado por Patrícia Relvas e Roberto Afonso, seria o encontro entre os Beatles com a dupla Kurt Weill e Bertold Brecht numa adega em Trás- os-Montes, comendo muamba, regada com uma bela cachaça. ‘Aí’, álbum publicado em 2022, “é uma obra fonográfica que projetamos para fora daqui. Um lugar, um espaço idílico, uma utopia que se concretiza através de encontros e ações”. Fruto dessas ações, são percorridos onze passos, por diferentes continentes e geografias, onde surgem com uma nova linguagem retorcida, transformada e influenciada por outros gestos que não os seus, que ilustram o caminho a percorrer daqui até ‘Aí’. A apresentação de ‘Aí’ no Teatro Taborda representa a celebração e o encerrar deste ciclo criativo. O mote para o que está por vir. Garante já a tua presença!
Duração Espectáculo: 100min
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Patrícia Relvas – voz, percussões e eletrónicas. Roberto Afonso – voz e guitarras. Cid Saldanha – F.O.H. Luís Moreira – Iluminação
Acolhimento Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com
21 de setembro | SÁB A PARTIR DAS 17h | no Teatro Taborda
Festival Discos Submarinos
O primeiro Festival Discos Submarinos acontece já no próximo dia 21 de Setembro, no Teatro Taborda, em Lisboa. Benjamim, Beatriz Pessoa, Margarida Campelo, Tipo, Tape Junk & Pedro Branco, Velhote do Carmo e Rita Cortezão perfazem o alinhamento do festival que conta com actuações de todos os artistas que integram o catálogo da editora. O evento terá dois palcos: no Jardim do Café da Garagem, com a sua inconfundível vista sobre a cidade de Lisboa e na carismática Sala Principal do Teatro Taborda. Os concertos têm início a partir das 17h.
Dois anos passados desde a sua fundação, os Discos Submarinos contam com 5 álbuns e 1 EP editados. A editora criada por Benjamim, juntamente com a Força de Produção, é a responsável pelo lançamento do primeiro EP de Velhote do Carmo, Páginas Amarelas (2022) – uma das grandes revelação da cena indie rock dos últimos anos – e do muito antecipado primeiro álbum de originais de Margarida Campelo, Supermarket Joy, em 2023, ano em que editou também o terceiro registo de estúdio de Beatriz Pessoa, PRAZER PRAZER , que ajudou a firmar o nome da cantaurora portuguesa como um dos mais promissores da sua geração. Este ano tornou-se também a casa de Tape Junk & Pedro Branco (projecto que junta dois dos mais prolíficos músicos portugueses da actualidade) com o álbum Bolero e de Tipo, que lançou o seu segundo longa duração, Vigia (passagem recorrente em várias rádios nacionais)com o selo da editora. Também em 2024, foi editado o sexto álbum de originais de Benjamim, o épico As Berlengas – marco incontornável na carreira do músico e da música portuguesa recente.
Um leque de artistas e trabalhos que navegam por diversos cenários musicais e que conferem aos Discos Submarinos um lugar muito próprio na música que se faz em Portugal.
A primeira edição do Festival Discos Submarinos é também o primeiro evento que junta ao vivo todos os artistas da label e ainda da estreante Rita Cortezão, cantautora que edita para o ano o seu primeiro álbum de originais, com o selo da editora, e que promete ser uma das grandes revelações da temporada. Tudo isto numa festa de celebração destes dois anos de actividade e do que está para vir. Discos Submarinos a emergir.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Benjamim, Beatriz Pessoa, Margarida Campelo, Tipo, Tape Junk & Pedro Branco, Velhote do Carmo e Rita Cortezão Produção FORÇA DE PRODUÇÃO Acolhimento Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
26 A 29 DE SETEMBRO | QUI ÀS 19h30 | SEX E SÁB ÀS 21H | DOM ÀS 16H30 | no Teatro Taborda
No final do século XX, um documentário está a ser realizado sobre uma comuna anarquista algures no interior dos Alpes Austríacos. Um grupo de utópicos invadiu uma propriedade rural e decidiu instaurar nela um novo tipo sociedade, baseada na igualdade. Ninguém pode ter propriedade sobre coisa nenhuma, o dinheiro é proibido, a monogamia é abolida e os filhos, lá nascidos, têm parternidade colectiva. A experiência de tentar manter a ordem social e a epopeia do seu líder que não aguenta mais os constantes subornos que lhe são oferecidos e os crescentes conflitos individuais, os quais ele tenta sempre resolver, é o verdadeiro documentário sobre Adrianopla.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
TEXTO E ENCENAÇÃO: Pedro Saavedra INTERPRETAÇÃO: Paula Garcia, Rafael Barreto e Wagner Borges DESIGN DE CENA: Luís Santos APOIO À CONSTRUÇÃO DE CENOGRAFIA: Pedro Silva DESENHO DE LUZ: Paulo Sabino FOTOGRAFIA DE CENA: Vitorino Coragem ILUSTRAÇÃO: Rui Guerra MÁSCARAS: Cláudia Ribeiro BANDA SONORA: Ramón Galarza COMUNICAÇÃO, DESIGN E PRODUÇÃO: Sónia Rodrigues APOIO TÉCNICO E OPERAÇÃO: Carlos Arroja e Diogo Graça PRODUÇÃO EXECUTIVA: Inês Oliveira APOIO À COMUNICAÇÃO: Catarina Lobo APOIO À GESTÃO DO PROJECTO: Pedro Alves e Maria Carneiro
O FIM DO TEATRO, OF.DT 7.ª Criação CO-PRODUÇÃO O Fim do Teatro e teatromosca
FINANCIAMENTO Câmara Municipal de Lisboa (O Fim do Teatro), Câmara Municipal de Sintra e República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes (teatromosca) APOIO Largo Residências MEDIA PARTNER Radar 97.8 fm e Rádio Alta Tensão
6 de JULHO | SÁB 16H30 ÀS 18H20 | no Teatro Taborda
No sábado, dia 6 de julho, abrimos as portas do Teatro Taborda ao público (comunidade, artistas, amigos) para partilhar o que foi o processo dos Clubes de Teatro 2024. Apresentamos a Mostra do Processo dos Clubes, onde iremos revisitar os 6 módulos que fizeram parte do programa: improviso, dramaturgia, movimento, encenação, som e fotografia, num registo de instalação interativa. Trata-se de uma partilha objetiva, pontuada pelos momentos chaves deste processo: ideias, exercícios, pensamentos e conversas, como meios de celebrar as tardes de sábado que os clubistas dedicaram ao Teatro da Garagem.
Ficha Técnica:
Coordenação Serviço Educativo: Carlos J. Pessoa
Coordenação Clubes: Ana Dias, Herlandson Duarte e Mariana Índias
Formadores: Carlos J. Pessoa, Cláudia Madeira, Herlandson Duarte, Janice Iandritsky, Jorge Oliveira, Pedro Borges, Vitorino Coragem
Formandos: Inês Oliveira, Jorge Tabuada, Évellyn Santos, Ana Santos, Manuel Moita,Rafael Nabais, Francisco Fernandes, Kateryna Savosh, Marisa Loureiro, Rui Fernandes, Diane de Paiva, Sara Ventura, Ana Pereira, Mónica Pulão, Ana Cristina Lopes, Paula Carvalho, Mônica Ghivelder
28 a 30 de JUNHO | SEX E SÁB 21H | DOM às 16h30 | no Teatro Taborda
On-Air; rádio pirata pois então; para consumo lento e pensamento subtil
On-Air, 24 horas na vida de uma rádio, é um espectáculo dos finalistas do curso de teatro, formação de actores e produção, da Escola Superior de Teatro e Cinema. É um espectáculo que conta as vicissitudes e peripécias da vida de uma rádio: os problemas financeiros , as disputas, os diferentes interesses , os temas, os programas, as paixões assolapadas, a publicidade, os noticiários, a vertigem de um quotidiano assoberbado, radical, em transformação acelerada. Para onde vão estes radialistas, o que pretendem? Catarse, exorcismo?
Limpeza interior, purga dos demónios exteriores? Onde nos encontramos neste estado das coisas que se atropelam, das desgraças sucessivas, do esquecimento imediato? Da guerra, das infâncias roubadas, da responsabilidade de cada um nas suas escolhas? Que fizemos nós das nossas vidas? Somos todos responsáveis, ninguém escapa, não há inocentes. Talvez por isso em lugar do panfletarismo, da propaganda tóxica, do activismo das causas que se esgotam no desabafo, na agir-prop inconsequente, dessa espuma inconsistente, seja necessário uma resistência mais pensada, mais subtil, mais luzente por contraponto aos holofotes da aclamação e dos likes maioritários. Talvez seja necessária a lição dos pirilampos, da atração nupcial dos pirilampos, da sobrevivência dos pirilampos; os vaga-lumes da adolescência resgatada, da infância resgatada, de uma pureza inicial que se revela, afinal, o segredo da resistência ao embrutecimento e à imbecilidade quotidiana.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Encenação e Texto: Carlos J. Pessoa
Elenco: Eva Dória, Guilherme Rebelo, Laura Longobardo, Leonor Felgar, Gonçalo Portela, Vanessa Varela
Sonoplastia: Jorge Oliveira
Espaço Cénico: Herlandson Duarte
Assistente de cenografia e figurinos: Zola Lopes
Desenho de luz: Carlos Vinicius
Fotografia e vídeo promocional: Vitorino Coragem
Comunicação: José Grilo
Design Gráfico: Sara Kurash
Assistência de encenação: Ana Rita, Mariana Índias
Direção de Produção: Raquel Matos
Produção Executiva: Rita Soares
Parceria: Escola Superior de Teatro e Cinema
Gabinete de Produção da ESTC: Rute Reis, Rui Girão, António Silva
Equipa Pedagógica da ESTC: Andreia Carneiro, Miguel Cruz, Maria Repas
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
26 e 27 de JULHO | SEX E SÁB das 15H às 23h30 | no Teatro Taborda
O TRY BETTER, FAIL BETTER’ 24 – LAB EDITION realiza-se nos dias 26 e 27 de julho, das 15h00 e as 23h30, no Teatro Taborda.
Bilhetes diários 26 ou 27 de julho: 12 euros
Passe Geral: 15 euros
Passe Lab Edition (12, 19, 26, 27 de julho): 25 euros
Os ensaios abertos ao público serão nos dias 12 e 19 de julho, das 17h às 21h. Já próximo da linha de chegada do TBFB – LAB Edition serão apresentados ao público os trabalhos finais dos 4 projetos que estiveram em residência artística. No dia 26 de julho, sexta-feira, irão decorrer as apresentações finais, entre as 17h e às 22h30, seguindo-se uma conversa entre os grupos de trabalho e o público. No dia seguinte, 27 de julho, o horário de apresentações será o mesmo. Para celebrarmos o encerramento do festival em beleza teremos um concerto, às 22h30, e uma festa de encerramento.
Logo a seguir ao evento, a equipa do Teatro da Garagem irá selecionar um dos quatros projetos para fazer parte do nosso programa de acolhimento, no Teatro Taborda, em 2025. Esta é uma iniciativa do Teatro da Garagem que pretende apoiar e divulgar os primeiros trabalhos de artistas independentes.
Não perca esta oportunidade de conhecer os primeiros trabalhos de artistas que irão de certeza dar cartas no futuro.
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Os projetos selecionados são ‘De Terra e Sangue’ (Teatro), ‘Graus Diferentes’ (Dança), ‘Mais Amor’ (Multidisciplinar) e ‘Masiso Canta Bethânia’ (Multidisciplinar). Este ano temos a versão LAB EDITION, uma proposta que possibilita acompanhar o trabalho criativo que os artistas irão desenvolver, ao longo de duas semanas.
Sinopses:
De Terra e Sangue emerge de uma necessidade premente de se denunciar a desumanidade relativa ao conflito entre Israel e Palestina. Com especial enfoque na relação do eu judeu com o outro muçulmano são abordadas novas formas de pertença, diálogo e entendimento que transcendem fronteiras culturais e históricas.Com um violino, uma chave e dois corpos em cena, esta criação articula elementos musicais, textuais, físicos e imagéticos, criando um mosaico de influências culturais e literárias, que refletem a complexidade histórica e identitária de dois povos irmãos.
Ficha Técnica
Jade Cambournac – dramaturgia, encenação, interpretação, produção, figurinos e caracterização
Raquel Amaral – Coreografia, interpretação e Cenografia
Ana Luísa Novais – Desenho de Luz
Iago Ladeira – técnico de som
Arnaldo Valerio – Sonoplastia
Graus Diferentes: que queremos dizer numa peça/coreografia? Qual é a objetivo? Além da ideia e do propósito, o que precisamos mais? A intenção mental é determinante muitas vezes. É essencial não esquecer que não sabemos tudo e que nem sempre pode ser claro e racional. As possibilidades são inúmeras, e as respostas provêm daquilo que não podemos pressupor: o corpo e a intuição.
Ficha Técnica
Criadora e intérprete: Sara Vujadinovic
Intérprete e assistente de criação: Ludovica Andrenacci
Intérprete e assistente de criação: Malgosia Sus
Gravação e sound design: Johnny Farah
Mais Amor segue uma viagem de autodescoberta de duas pessoas que se apaixonam, mas que veem o amor de formas muito diferentes. Acompanhadas por ambientes sonoros eletrónicos, as duas personagens recriam e testam hipóteses, conceitos e cenários. Como se parece um futuro não-monogâmico?
Ficha Técnica Criação, texto e música: Mara Nunes
Encenação: Mara Nunes
Interpretação: Mara Nunes e Rute Rocha Ferreira
Figurinos: Rita Eustáquio
Masiso canta Bethânia: Camila Masiso, cantora e compositora radicada em Lisboa, apresenta “Masiso canta Bethânia”, homenageando Maria Bethânia com uma performance emocionante que explora sua vasta obra. Nascida em Natal, Rio Grande do Norte, Camila destaca-se com dois álbuns lançados e um novo disco em produção. Vencedora do Jazz Contest da Smooth FM, ela combina cena, luz e poesia numa celebração imperdível da música brasileira.
24 e 25 de MAIO | SEX E SÁB ÀS 21H | no Teatro Taborda
Um fracasso pode ser motivo de criação. A criação é um acto que tem de servir a um global ou ao pessoal do artista? Ela a Nina dele. Ele o Tréplev dela. São o infortúnio um do outro apenas por cumprirem os seus próprios ideais. Ser o infortúnio de alguém não é destinado a pessoas más, cruéis ou imorais. Cada um está sujeito a isso – à incapacidade de empatia que é o maior problema do mundo. Através da reflexão sobre o passado fazemos refletir sobre as entranhas de um ser humano que é composto por um passado, um presente e pela ansiedade do futuro. E eles dançam. Porque no meio de um caos o melhor no fim é dançar.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Criação: João Pires e Diana Lara João Pires Texto: João Pires Direção de Produção: Vera Gromicho Produção: Henrique Sequeira Com: Guilherme Félix, João Pires, Sandra Sousa, Sara Madeira Música: André Carvalho Figurinos: Inditex Design Gráfico: Gui Sousa Fotografias Promocionais: Teresa Pamplona Fotografias de Ensaios: Mário Pires Desenho de Luz: Ricardo Campos Operação de Luz: António Serrão Apoios: Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa / MOP / LG / NYX / Yves Rocher / Zenit Hoteles
Acolhimento Teatro da Garagem
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18 e 19 de MAIO | SÁB E DOM ÀS 16H30 | no Teatro Taborda
Até que ponto objectos do nosso quotidiano podem ser responsáveis por grandes catástrofes naturais? O Estado do Mundo (Quando Acordas) coloca em cena relações de causa-efeito entre pequenos gestos e grandes consequências. Edi é um rapaz de 8 anos que consome e descarta muitas coisas, até que recebe um convite inesperado… Nesse momento, inicia uma viagem por um mundo invisível aos seus olhos, marcado pela crise climática.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Encenação: Miguel Fragata Texto: Inês Barahona e Miguel Fragata Interpretação: Edi Gaspar Cenografia: Eric da Costa Figurinos: José António Tenente Música original: Fernando Mota Desenho de luz: José Álvaro Correia Vídeo: João Gambino Adereços: Eric da Costa, José Pedro Sousa, Mariana Fonseca e Rita Vieira (design gráfico) Maker: Guilherme Martins Construção de cenografia: Gate7 Direcção técnica: Renato Marinho Consultoria: Henrique Frazão Produção executiva: Luna Rebelo e Ana Lobato Fotografias: Guilherme Martins, Joana Linda, Lais Pereira, Manuel Lino Produção: Formiga Atómica
Co-produção: LU.CA – Teatro Luís de Camões, Comédias do Minho, Materiais Diversos e Théâtre de la Ville Agradecimentos: Ana Pereira, Andreia Luís, Beatriz Castanheira, Carlos Félix/Decolab, Carlos Miguel/IMPERSOL, Dalila Romão, David Palma, Dina Mendonça, Elisabete Pinto, Joana Ascensão, João Ribeiro, Lara Soares, Maria Mestre, Mónica Talina, Paulo Teixeira/Fablab EDP, Raquel Castro, Rita Conduto, Susana Gaspar
A Formiga Atómica é uma estrutura apoiada pelo Ministério da Cultura | Direção-Geral das Artes
Acolhimento Teatro da Garagem
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MAIO: 9, QUI ÀS 19H30 | 10 E 11, SEX E SÁB ÀS 21H | 12, DOM ÀS 16H30 | no Teatro Taborda
Iur é um homem do caminho e conta-nos histórias que oferecem uma reflexão sobre poder, egoísmo, luta de classes e o sentido da existência humana.?“O Homem do Caminho” apresenta as artes nómadas como um acto de libertação dos seus públicos, entre os quais se destacam, por um lado, os homens – “fixos” – associados a uma vida rígida, burocrática e repressiva; e, por outro lado, as mulheres – contidas, desoladas e silenciosas – presas às vidas “secas” ao lado dos “homens-pregos”.
Coprodução: Escola da Noite e Quinta Parede
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto: Plínio Marcos Adaptação e encenação: José Caldas Interpretação: Allex Miranda, José Caldas e Juliana Roseiro Espaço cénico: Ana Rosa Assunção e José Caldas Música: Allex Miranda e José Caldas Figurinos: Ana Rosa Assunção Desenho de luz: Danilo Pinto e José Caldas operação de luz: Diogo Lobo
Acolhimento Teatro da Garagem
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O Daylight Project`24 realiza-se em Beringel, Beja, durante duas semanas, de 25 de março a 7 de abril. Os participantes desenvolvem um processo de investigação através da prática (atividades de campo, ensaios e workshops) e de materialização de objetos cénicos, na procura de redescobrir o toque como ato de reconhecimento e transformação.
A investigação tem como ponto partida atividades locais. “Tocar a terra, moldar o barro, tocar o outro, tocar o mar, tocar o tempo da brisa de um canto popular”. As atividades servirão como ponto de partida para construirmos, juntos. um micro laboratório humano a partir das características geográficas, históricas, paisagísticas e culturais daquele lugar.
15 MAR, SEX às 21H | 16 MAR, SÁB às 21h, no Teatro Taborda
“Rebecca: A Performance in the Dark” tem origem numa adaptação dramatúrgica do romance “La vita accanto” de Mariapia Veladiano (estreia da autora, Prémio Calvino 2010, finalista do Prémio Strega 2011).
A performance gira em torno da história de Rebecca, narrada na primeira pessoa, oscilando entre um mistério intrigante e uma poesia afiada e cortante. Rebecca é uma mulher feia, realmente feia. Ela não está deformada, então nem sequer evoca pena. Ela é simplesmente feia. Todas as suas características estão no lugar certo, mas um pouco além, ou mais curtas, ou mais longas, ou maiores do que o esperado. Uma criança, depois uma mulher contando a sua história, a história da sua família e os segredos que guardam.
O espetáculo aborda temas como a marginalização, a dificuldade de se libertar dos estereótipos e preconceitos que dominam tanto a sociedade quanto a própria família do protagonista. A monstruosidade física de Rebecca – tão estigmatizada e odiada – revela monstruosidades mais profundas e ocultas da alma humana que distorcem relacionamentos e sentimentos.
A DIMENSÃO DA ESCURIDÃO como elemento dramatúrgico O público participa da narrativa na escuridão, aquela “escuridão boa, tingida de azul” que não julga e [aumenta o sentimento]. Nessa escuridão, Rebecca pode entrar sem medo para se proteger do julgamento dos outros e contar sua história livremente. Na obscuridade, o público pode imaginar Rebecca de uma forma estritamente pessoal, livre das ideias convencionais de beleza ou feiúra.
O espaço de exploração artística, portanto, envolve a subtração da visão para enfatizar a importância das palavras, para aumentar a capacidade perceptiva do espectador e para experimentar novas formas de interação pessoal entre o ator e o público e entre os próprios membros do público.
ACESSIBILIDADE A peça é em italiano. O público estrangeiro poderá desfrutar e vivenciar plenamente a apresentação. Através da utilização de óculos inteligentes, óculos simples de usar, suporte de realidade aumentada, a tradução do texto aparecerá nas lentes dos óculos, de forma simples e confortável. Os óculos inteligentes também podem ser usados por quem já usa óculos graduados.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Apartir de: La Vita Accanto di Mariapia Veladiano Adaptação e direção dramatúrgica: Marco Pasquinucci Interpretação: Marco Pasquinucci Vozes: Emanuele Niego, Caterina Simonelli, Ilaria Pardini, Cecilia Vecchio Designer de Som: Mattia Loris Siboni Áudio: Alice Mollica Com a ajuda de: Gianfranco Berardi, Gabriella Casolari Uma peça de Officine Papage Acolhimento Teatro da Garagem
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07 A 10 DE MAR | QUI às 19h30, SEX e SÀB às 21h, DOM às 16h30, no Teatro Taborda
Um imenso corpo vegetal matiza as diferentes paisagens. A floresta, catedral por excelência desse corpo vegetal, é lugar do desafio, da coragem, da tenacidade, da inteligência e da maturidade. Os primeiros passos dos jovens adultos que da floresta regressam com os seus troféus simbólicos, ou, tão só, com a sua experiência enriquecida por um momento de revelação e mistério; o encontro amoroso na floresta, o passeio estimulante ou o espalhar das cinzas de alguém querido na terra protegida pela sombra de uma árvore, são hipóteses de experiências reconhecíveis por cada pessoa. Os Passos na Floresta são também aqueles que continuamos a dar quando nos embrenhamos nalgum assunto, quando cogitamos, nos angustiamos ou alegramos. Quando respiramos, a árvore pulmonar equilibra as trocas gasosas necessárias à sobrevivência. Mesmo distantes das árvores, estas habitam-nos e têm nomes, como cada um de nós tem um nome, e tem uma árvore genealógica. Por sua vez na geometria de uma árvore, reside, por vezes, a possibilidade de entroncar a decisão, partindo, da raiz, olhando a copa e o horizonte que se perfila. As árvores e as pessoas estabelecem assim esta cumplicidade estreita, quase perfeita. A madeira é sempre viva, mesmo no lume, quando nos aquece, crepita e fala.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto: Carlos J. Pessoa Encenação: Carlos J. Pessoa Assistente de Encenação: Mariana Índias Cenografia: Herlandson Duarte Desenho e operação de Luz: Luís Bombico Operação de som e vídeo: Jorge Oliveira Figurinos: Herlandson Duarte Interpretação: Carolina Cunha e Costa, Gonçalo Cabral, Nídia Cardoso, Rafaela Jacinto e Siobhan Fernandes Fotografia: Vitorino Coragem Comunicação: José Grilo Design: Sara Kurash Direção de Produção: Raquel Matos Produção Executiva: Rita Soares
Produção Teatro da Garagem Apoio Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Data da inscrição: 30 jan a 20 fev Duração dos Clubes: 2 mar a 6 de jul
Abriram hoje as inscrições dos Clubes de Teatro 2024! <3
Data da inscrição: 30 jan a 20 fev Duração dos Clubes: 2 março a 6 de julho
Preço: 50 euros por mês
Vagas Clubes de Teatro Jovem (12-18 anos): 15* Vagas Clubes de Teatro Adultos (a partir 18 anos): 20* * vagas limitadas (entrada por ordem de inscrição)
Objetivos: – criar um espaço de experimentação para a comunidade – criar e formar público e gerar interesse artístico – disponibilizar uma oferta formativa diferenciada e geradora de valores na comunidade
Sendo uma parte integrante do Serviço Educativo, os Clubes de Teatro surgem como um reflexo do trabalho da Companhia na aproximação do teatro à comunidade.
Pretende-se que este ano os clubes sejam uma ligação entre o quotidiano da companhia nas suas diferentes valências e profissões com a comunidade. Como tal procura-se fomentar o interesse dos formandos pelas práticas artísticas, através da criação de um espaço de experimentação e partilha.
“Com os pés bem assentes na Terra” será o tema deste ano que guiará os participantes ao longo de 5 módulos, onde irão passar por várias áreas que constituem uma criação teatral.
Sobre Os Clubes 2024:
Atendendo ao lema do Teatro da Garagem para o quadriénio, “Com os pés bem assentes na terra”… os Clubes de Teatro do Serviço Educativo Teatro da Garagem apresentam um programa que assenta os pés no Teatro enquanto âncora de uma comunidade e de serviço público.
Os clubes de teatro constituem para o Teatro da Garagem um fator decisivo na democratização e acesso aos bens culturais e saberes artísticos, acreditando no envolvimento e participação da comunidade no fazer cultural das instituições e do país.
Os Clubes de Teatro têm como objetivo fomentar o interesse da comunidade pelas práticas artísticas, através da criação de um espaço – ver fazer – de experimentação, leitura e observação. Este espaço visa a criação de valor na comunidade e é destinado a jovens e adultos. Assim, os Clubes fazem-se por módulos de workshops práticos e teóricos. Estes módulos proporcionam aos iniciantes ferramentas úteis para que possam desenvolver o seu olhar sobre a Arte e as práticas artísticas, confrontando estas com a sua realidade social e profissional. A realidade social das comunidades é feita de diversidade e multiculturalidade. O programa prevê também o desenvolvimento de competências sociais atendendo às boas práticas de inclusão e respeito mútuo.
Serviço Educativo Teatro da Garagem
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