VEMO-NOS GREGOS!
TEXTOS GREGOS CONTEMPORÂNEOS
CICLO DE LEITURAS
28 A 30 NOV 2018 | 19h00 | Teatro Taborda
No âmbito das atividades desenvolvidas pelo Comité Português do EURODRAM – Rede Europeia de Tradução Teatral, o Teatro da Garagem volta a promover um ciclo de Leituras Públicas, desta vez dedicado a textos de teatro gregos contemporâneos, selecionados e traduzidos por José António Costa Ideias, que teremos o privilégio de ouvir falar sobre dramaturgia grega
EURODRAM é uma Rede Europeia de Tradução Teatral, que tem como objetivo promover a circulação, a tradução e a divulgação de textos dramáticos entre as diferentes línguas da Europa, Mediterrâneo e Ásia Central. O Comité Português EURODRAM, coordenado por Maria João Vicente, é constituído por Alexandra Moreira da Silva, Fernando Matos Oliveira, Guilhermina Jorge, Helena Simões, José António Costa Ideias, Mickael de Oliveira, Nuno Carinhas e Nuno M. Cardoso. A rede trabalha em parceria com diversas estruturas, inscrevendo-se numa dinâmica de residência de autores, de acompanhamento de tradutores e de procura de parceiros no plano internacional.
O TEATRO DA GARAGEM, Companhia fundada em 1989, dedica o seu trabalho artístico à pesquisa e experimentação, através da investigação de novas formas de escrita para teatro e de novas formas cénicas que a acompanham. Para além das criações próprias, a partir de textos originais de Carlos J. Pessoa, e da releitura de alguns textos paradigmáticos da dramaturgia ocidental, a Companhia desenvolve um trabalho de aproximação à comunidade, através do Serviço Educativo. Este ano, depois das Leituras de Maio, a Garagem dá a conhecer textos da dramaturgia grega contemporânea através das excelentes traduções de José António Costa Ideias.
28 NOV, 19h00
Leitura de Θέλω μια χώρα, Quero um País (reposição) de Andreas Flourakis (EURODRAM)
E agora?
Uma mudança de perspetiva? Uma mudança mental? Do eu? Do nós? Uma mudança de país?
Um texto para quem não pode/não quer fruir de um país como um lugar seguro, de um país como um lugar-protetor.
Num cenário da crise (económica, financeira, de valores, identitária), pessoal e coletiva, inventa-se e reinventa-se (numa estrutura de representação dramática flexível) um país “à deriva”, como uma ilha, isto é, um país concreto, uma Grécia, mas também uma pátria universal.
José António Costa Ideias
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto Andreas Flourakis Tradução João António Costa Ideias Coordenação da Leitura Ana Palma Interpretação Afonso Molinar, Catarina Moita, Inês Lago, Júlia Valente, Lara Matos, Martyn Gama, Miguel Damião, Rita Monteiro, Roxana Ionesco, Rui Neto, Tiago Bôto e Wagner Borges Assistência de Produção Marília Maia e Moura e Joana Rodrigues
29 NOV, 19h00
Leitura de Ασκήσεις για γερά γόνατα, Exercícios para Joelhos Fortes de Andreas Flourakis (EURODRAM)
A diretora de uma empresa, pressionada pelo comportamento do seu filho adolescente, decide, na sequência da necessidade da implementação de políticas de austeridade, despedir um dos seus assistentes. Os dois funcionários — A RAPARIGA e O HOMEM — ilhas de egotismo, de egoísta individualismo, chegam ao limite, ao paroxismo, na tentativa de manter os seus postos de trabalho.
Uma abordagem cruel e dura, irónica e sarcástica — mas não isenta de poéticos laivos de ternura — da violência das relações laborais e, genericamente, das relações humanas, em tempo de crise.
José António Costa Ideias
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto Andreas Flourakis Tradução João António Costa Ideias Coordenação da Leitura Ana Palma Interpretação Ana Palma, Afonso Molinar, Carla Bolito, Miguel Damião e Rita Monteiro Assistência de Produção Marília Maia e Moura e Joana Rodrigues
30 NOV, 19h00
Leitura de Ομηριάδα, Homeríada (Tríptico: Odisseu – Ítaca – Homero) deDimitris Dimitriadis
Através de um processo de reescrita pessoal da epopeia homérica (Odisseia) emtrês “momentos” poéticos (o tríptico – Homero – Ítaca – Odisseu) [2003-2006], ologos híbrido, proteiforme, de Dimitris Dimitriadis faz vacilar o mito, desafia- o, subverte-o, numa abordagem tão móvel e cambiante (crítica – leia-se, “da crise”), como a de uma ilha. Textos-ilha: serão estes textos monólogos teatrais?“Poemas” de inspiração mitológica? Ou serão, antes, um gesto poético pós- moderno?
A questão é inútil, já que a língua de Dimitriadis não admite nenhuma definição genológica, pertencendo à hibridação de certas formas contemporâneas de escrita dramática europeia. Dimitris Dimitriadis recusa, assim, liminarmente, interpretações do mito que se ligam à tradição, em categorias rígidas ou idealizantes, já que essas leituras cristalizam, de um modo sufocante, as potencialidades do mito.
José António Costa Ideias
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto Dimítris Dimitriádis Tradução João António Costa Ideias Coordenação da Leitura Maria João Vicente Interpretação Maria João Vicente, Miguel Damião e Rui Neto Assistência de Produção Marília Maia e Moura e Joana Rodrigues
Comments are closed.