96ª Criação do Teatro da Garagem
texto e Encenação Carlos J. Pessoa
Coprodução Teatro Municipal de Bragança
No âmbito do projeto“O Teatro e as Serras” da Direção Regional de Cultura do Norte 

 

 

5  a  9 set 2018| Residência Artística #1 em Trás-os-Montes
18 a 21 dez 2018| Residência Artística #2 em Trás-os-Montes

Apresentações públicaS

11 & 12 JAN 2019[sex 21h, sáb 15h]
Teatro Municipal de Bragança (Bragança) [ESTREIA]

18 & 19 JAN 2019 [14h30]
Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais (Vinhais)

25, 26 & 27 JAN 2019[sex e sáb 21h, dom 16h30]
Teatro Taborda (Lisboa)

2 FEV 2019
[21h30]
Multiusos de Montalegre (Montalegre)

 

Contrabando, com texto e encenação de Carlos J. Pessoa, é uma criação que parte da recolha de depoimentos e das leituras de textos relacionados com a atividade do contrabando nos anos 60 e 70 do século passado, nas zonas fronteiriças de Trás-os-Montes.
Contrabando é um espetáculo em contraluz, noturno, de quem anda cautelosamente, pé-ante-pé, atento, num estado de vigília permanente, tentando recriar os estados de espírito e as condições de vida desse povo heróico que nos anos sessenta e setenta se dedicou ao contrabando para poder dar uma vida melhor aos filhos. É um espetáculo que retrata as dificuldades, a miséria, mas também a grandeza, ousadia e a coragem do povo da fronteira, um povo decididamente livre e capaz de traçar, no calcorrear dessa linha imaginária que é a fronteira, o seu próprio destino.

Contrabando é um espetáculo que parte de uma recolha de depoimentos e leituras de textos relacionados com a atividade do contrabando nos anos 60 e 70 do século passado, nas zonas fronteiriças de Trás-os-Montes; em particular, Montesinho, no concelho de Bragança, Moimenta, no concelho de Vinhais, Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre e Soutelinho da Raia, no concelho de Chaves. A visita ao Museu do Contrabando, em Moimenta, e o diálogo estabelecido com vários protagonistas da atividade do contrabando, guardas-fiscais e contrabandistas, as informações preciosas do Padre Fontes, figura incontornável da cultura de Vilar de Perdizes e do concelho de Montalegre, a leitura da obra Alto Aí! de Jorge Tuela, bem como os contos de Augusto José Monteiro inseridos na coletânea Contos de Pousar, o testemunho poderoso do Sr. Hermínio, guarda-fiscal da Sarzeda, e, enfim, a convivência informal com as gentes de Trás-os-Montes e a cultura transmontana, foram fundamentais na criação deste espetáculo.

O mesmo retrata a visita de estranhos, nós mesmos enquanto artistas, que tentam compreender e recriar uma realidade que de certo modo lhes é inacessível; de facto, este é um espetáculo em contraluz, noturno, de quem anda cautelosamente, pé-ante-pé, atento, num estado de vigília permanente, procurando recriar os estados de espírito e as condições de vida desse povo heroico que se dedicou ao contrabando para poder dar uma vida melhor aos seus filhos. É um espetáculo que retrata as dificuldades, a miséria, mas também a grandeza, ousadia e a coragem do povo da fronteira, um povo decididamente livre e, capaz de traçar, no calcorrear dessa linha imaginária que é a fronteira, o seu próprio destino. Este espetáculo tem as marcas de tragédias pessoais, de indizível sofrimento, mas é também um relato de esperança, de revolta, de superação.

É esta lição de liberdade e superação que retiramos da experiência do contrabando dos anos 60 e 70. Como alguém, sabiamente, nos disse, “quando se faz o contrabando para matar a fome, não é corrupção, não é crime”. Esperamos, com humildade, de alguma maneira, que Contrabandopossa honrar e dignificar, a atividade de contrabandistas e guardas-fiscais nessa justa medida de uma história de pessoas de carne e osso. Com elas, com a sua experiência, com o seu mistério, podemos aprender, nestes tempos tão dados a excessos de todo o tipo, uma sensatez e um sentido de decência que cada vez mais rareiam.

Carlos J Pessoa

 

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto e Encenação Carlos J. Pessoa Assistência de Encenação Ana Palma Interpretação Ana Palma, André Simões, Lara Matos, Tiago Bôto, Tiago Filipee Rita Monteiro Música Daniel Cervantes Cenografia e Figurinos Sérgio Loureiro Desenho de Luz Nuno Samora Operação de Luz Manuel Abrantes Direção de Produção Maria João Vicente Produção e Comunicação Carolina Mano Assistência de Produção Joana Rodrigues Fotografia e Vídeo Joana Rodriguese Marília Maia e Moura

Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Financiamento Governo de Portugal | Ministério da Cultura e Direção-Geral das Artes

Coprodução Teatro Municipal de Bragança No âmbito do projeto “O Teatro e as Serras” da Direção Regional de Cultura do Norte Acolhimentos Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais, Multiusos de Montalegre

Agradecimentos Fernanda Silva, Artur Marques, Fátima Fernandes, Helena Genésio, Maria José Gomes, António Manuel Reis, Duarte Pires, Manuel Fernandes, Padre Fontes, Padre António Dias, Sr. Domingos, Sr. Ribas, Hermínio Gonçalves, João Costa, Maximino Benites, Arménio Gaspar, Cândido Aniceto, Dona Júlia e Carlos Simão, Miguel Carmo Garcia


M/12
| Duração 90 minutos


+ INFORMAÇÕES

Teatro Municipal de Bragança(Bragança) [ESTREIA] | 11 & 12 jan 2019 [sex 21h, sáb 15h]
Bilhete único: 6,00€
Contactos: 273 302 744 | bilheteira@cm-braganca.pt

Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais(Vinhais) | 18 & 19 jan 2019 [14h30]
Bilhetes: 1,5€ – 3€
Contactos: 273 771 438

Teatro Taborda(Lisboa) | 25, 26 & 27 jan 2019 [sex e sáb 21h, dom 16h30]
Bilhetes: 5€ – 10€
Contactos: 218 854 190 | 968 015 251 | producao@teatrodagaragem.com

Multiusos de Montalegre(Montalegre) | 2 fev 2019 [21h30]
Entrada Livre
Contactos: 276 510 200

 

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