24 e 25 de maio | sábado e domingo às 21h | no Teatro Taborda
A EIRA é uma estrutura artística sediada em Lisboa, dedicada ao desenvolvimento e promoção, nacional e internacional, da dança e da performance contemporâneas. Tem como missão apoiar e apresentar artistas portugueses e estrangeiros, cujas áreas de trabalho são a dança e restantes disciplinas artísticas que trabalham o corpo, o movimento e o pensamento. São objetivos da EIRA criar, produzir, difundir, promover, afirmar e projetar a contemporaneidade portuguesa. A EIRA produz e promove regularmente o trabalho do seu diretor, Francisco Camacho. Desde 1996, empenhou-se na produção e promoção internacional dos trabalhos de alguns dos mais relevantes artistas portugueses contemporâneos, nomeadamente os coreógrafos Rafael Alvarez, Mariana Tengner Barros e Tiago Cadete. Para além destes artistas associados, apoia igualmente outros artistas (portugueses e estrangeiros) ao longo do ano, não só providenciando espaço de trabalho em Lisboa para estes desenvolverem as suas criações/investigações/projetos artísticos, como também através da coprodução e apresentação dos seus trabalhos (desde 2015) no Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa – Cumplicidades. Paralelamente, desenvolve ainda atividades de formação e sensibilização de públicos, dirigidas à comunidade em geral. Com mais de 30 anos de atividades, reafirma-se como estrutura de criação artística contemporânea e como local de passagem, encontro e cruzamento de criadores e projetos. Prossegue a sua atividade através da produção de novos espetáculos, da organização de festivais internacionais, mostras, ciclos, encontros, conferências e laboratórios artísticos; do fomento da circulação internacional na Europa, América, África e Ásia; do contributo para a memória da dança/performance contemporânea; do incentivo a um ensino artístico de qualidade e a longo prazo.
Sinopse:
Esta apresentação pública das Jornadas 45+ conclui um processo iniciado em 2023, com vários momentos de reflexão e experimentação artística com profissionais da dança, e que teve como objetivo um modelo que privilegia o encontro entre pares. As Jornadas 45+ aspiram a uma dinâmica mais horizontal e não hierárquica, sendo esta partilha com o público uma reunião de diferentes investigações e resultados. Fazem parte do programa em curso Dança sem Idade, coordenado por Francisco Camacho e Diego Lasio, que a EIRA promove no âmbito de um protocolo com a Universidade de Cagliari – Departamento de Pedagogia, Psicologia e Filosofia. O objetivo é responder à necessidade de plataformas que incentivem a receção e a atividade de profissionais seniores, tendo em conta a sua especificidade, a aquisição e partilha de saberes, com a aplicação renovada de ferramentas adquiridas ao longo de carreiras vividas na dança contemporânea. Queremos contrariar a menor visibilidade destes profissionais e contribuir para a desconstrução de ideias pré-estabelecidas e não questionadas sobre a idade a que se pode dançar. Trazer esta questão para o centro da atenção permite-nos lançar um olhar mais amplo sobre o corpo e o indivíduo na sociedade, desafiando parâmetros de exclusão que atingem tantos segmentos da população.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Orientação | Francisco Camacho e Diego Lasio co-criação e interpretação | Ana Caetano, Carla Sofia, Francesca Bertozzi ,Marinia Quay, , Marta Coutinho, Sara Paniagua, Tony Omolu. Direcção Técnica | Alexandre Costa Gravação e tratamento sonoro | Ruca Rebordão Cenário e Figurinos | Colectivo Registo Vídeo – Documentário | Sara Morais e Sofia Afonso Produção | EIRA / Festival Cumplicidades Apoios à criação | c.e.m – centro em movimento, Casa do Jardim da Estrela – Um Teatro em Cada Bairro, TEATRODAGARAGEM |noTeatroTaborda Apoio Financeiro | República Portuguesa – Cultura | DGARTES – Direção-Geral das Artes
Acolhimento Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com
25 de Maio | Domingo às 11h00 | no Cinema São Vicente, no Seixal
09 e 10 de DEZ | SEX E SÁB | 16h30 | Teatro Taborda
O espetáculo infantil ´Zezinha no Circo` está de volta, desta vez no dia 25 de maio, às 11h00, no cinema São Vicente, no Seixal.
Este é um espetáculo para a família, crianças e adultos. Zezinha é a filha do mágico, e é aprendiz de ilusionismo. Um dia, percebe que está sozinha e repara que algo mudou, ou o circo encolheu ou ela ficou maior. Aqui todas as ideias que passam pela cabeça de uma criança perante um problema tomam forma num dia pouco “normal” no Circo Faísca. Zezinha terá que resolver esta situação contando apenas com a ajuda do seu pensamento e da sua consciência. Tudo isto pode ser uma grande trapalhada, mas a menina do circo está determinada em resolver o problema.
Sinopse:
Neste evento acompanhamos os dilemas de uma menina que se adapta a uma “casa” que foi alvo de uma misteriosa transformação, da noite para o dia. Ao lidar com as mudanças da vida e com as emoções, tais como a ansiedade e a insegurança, tenta resolver os problemas que vão surgindo com a ajuda do público. Trata-se de um espetáculo cheio de humor, onde é abordada de forma leve e divertida a importância da inteligência emocional.
Criação: Serviço Educativo Texto de Ana Dias e Herlandson Duarte Interpretação: Leonor Felgar Operação de Luz e Som: Carlos Vinicius Cenografia e Figurinos: Herlandson Duarte Vídeo e Fotografia: Vitorino Coragem Comunicação: José Grilo Direção de Produção: Raquel Matos Produção Executiva: Rita Soares e Luis Puto
M/6
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10 e 11 de maio | sábado e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
FIMFA Lx25 – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas 8 de maio a 1 de junho de 2025 (Consulte o programa em: https://tarumba.pt/2025/pt/fimfa)
O FIMFA celebra 25 anos e 25 edições. Um quarto de século a mostrar o que de melhor se produz nas artes da marioneta contemporânea, com artistas de todo o mundo, mas também técnicas ancestrais que não devem ficar esquecidas, numa programação que tornou o FIMFA um dos mais importantes festivais internacionais. No Teatro Taborda é apresentado o espetáculo Santa Pulcinella pelo Théâtre Gudule, uma jovem companhia que recria o espírito do Pulcinella e as suas aventuras com um estilo muito próprio, num espetáculo para ver em família.
BIO
O Théâtre Gudule trabalha para satisfazer os nossos desejos mais íntimos de diversão e poesia desde 2021. A companhia gosta de trabalhar com as artes da marioneta, com as tradições das feiras populares, com as artes plásticas e com a música, para criar formas espetaculares. Gudule mostra-nos os seus truques mecânicos, as suas descobertas animadas e partilha todos os seus desejos absurdo-poéticos. Um dia, vai fazer-se à estrada com os seus artistas, as suas sensacionais microcriações e a sua barraca de pipocas… até lá, Gudule quer alegria.
Sinopse:
Senhoras e senhores, após séculos de gargalhadas e brigas nas praças do mercado, o Pulcinella está de volta! Personagem da tradição popular napolitana e um dos primos do nosso Dom Roberto, o Pulcinellla é um marco na família europeia dos Polichinelos. Santa Pulcinella inspira-se numa história tradicional que se perpetua há séculos, Pulcinella e il cane, transmitido de marionetista para marionetista há mais de 400 anos. As diferentes personagens confrontam-se com Pulcinella, com quem se envolvem inevitavelmente em conflitos, partidas, lutas com a moca, perseguições – as malandrices continuam e as gargalhadas explodem. O Théâtre Gudule fascinado pela vitalidade e expressividade das marionetas de luva, embarcou com entusiasmo na pesquisa e estudo do Pulcinella, e volta a dar-lhe vida com as marcas de originalidade e o estilo muito próprio destes jovens e talentosos marionetistas. Santa Pulcinella é um convite para nos deixarmos levar, para rirmos juntos do mundo, dos outros e, sobretudo, de nós próprios. Um espetáculo emocionante para ver em família. Cuidado com a moca!
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Conceção, interpretação, construção: Mehdi Pinget Música e efeitos sonoros: Marta Pelamatti Apoio artístico: Ariel Doron Fotografias: Vincent Van Utterbeeck, Marta Pelamatti Técnica: Marionetas de luva Idioma: Sem palavras
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28 e 29 de março | sexta-feira e sábado às 21h00 | no Teatro Taborda
Sinopse: Uma millennial perdida entre as suas referências POP propõe-nos uma viagem pelo seu imaginário e as obras que a marcaram. A lente, o filtro, é a Cultura do Cancelamento. O hip hop dos anos 90, as telenovelas brasileiras dos anos 2000 e os filmes do Woody Allen, são algumas das obras das quais partiremos para formular as perguntas: O que é a Cultura do Cancelamento, de onde vem e onde está o seu limite? Como podemos interagir com obras de arte de artistas que cometeram falhas morais? Devemos boicotar a arte quando discordamos dela politicamente? E como é que a comédia e o humor se podem posicionar na defesa da liberdade de expressão?
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto, Interpretação e Produção: Catarina Campos Costa Apoio à Criação e Apoio à Dramaturgia: Bernardo de Almeida Desenho de Luz: Eduardo Abdala e Rui Monteiro Música e Sonoplastia: Rui Lima e Sérgio Martins Vídeo: João Eça Comunicação e Design: Mafalda Miranda Jacinto Fotografias de Cena: Miguel Ângelo Santarém Gestão Financeira: Academia de Produtores Culturais
Apoio: CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Malavoadora, Palácio do Bolhão, Teatro da Comuna Apoio Financeiro: República Portuguesa, DgArtes, Fundação GDA
Agradecimentos: Aida (CML), Duarte (a lake by the moon), Erich Matthes, Inês e Zé Vareta, Glória Cheio, Guto Portugal, João Peixoto, Maria João Teixeira (TNSJ), Miguel Reis (TBA), Pedro Aparício, Rafaella, Rodrigo Campos Costa, Rosário, Rupi, Teresa Tavares (Ágora, Porto), Tito.
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Candidaturas para o Try Better, Fail Better`25 a partir de hoje até 31 de março
Esta residência artística irá decorrer entre os dias 15 de setembro e 5 de outubro. As apresentações serão no Teatro Taborda, em Lisboa.
Já imaginou a sua criação a ganhar vida no coração de Lisboa? O Teatro da Garagem (TG) está à procura de projetos inovadores de Teatro, Dança e Performance para a 18ª edição do TRY BETTER, FAIL BETTER! Este ano, o festival abre-se à cidade, com novas parcerias artísticas e um ambiente dinâmico. Queremos sair à rua e fazermos parte da comunidade!
O QUE PROCURAMOS?
• Projetos de pequeno formato e baixo orçamento.
• Criações originais que nunca foram encomendadas.
• A participação no festival TRY BETTER, FAIL BETTER está condicionada à apresentação de uma obra INÉDITA, com estreia OBRIGATÓRIA durante o evento.
• Criadores nacionais e internacionais a residir em Portugal.
O QUE OFERECEMOS?
• Apoio financeiro.
• Apoio logístico, técnico e de produção.
• Residências artísticas de 2 semanas no Teatro da Garagem.
• Abertura do festival à cidade, com novas parcerias e um ambiente dinâmico.
FORMATO
• 2 participantes com experiência (PALCO)
• 2 participantes em início de carreira (SALA DE ENSAIOS)
SELEÇÃO
• Processo de seleção desenvolvido e estruturado, de forma a garantir a diversidade e qualidade.
ÁREAS ARTÍSTICAS
• Teatro, Performance e Dança (sem limites de idade ou estilos criativos).
VENCEDOR
• O vencedor será anunciado no encerramento, logo após a apresentação da data do TBFB`26.
CANDIDATURAS ABERTAS ATÉ 31 DE MARÇO!
Não perca esta oportunidade de fazer parte desta jornada artística única!
2 de maio | sexta-feira às 21h00 | no Teatro Taborda
A Cantadeira apresenta Tecelã em Lisboa no Teatro Taborda
No próximo dia 2 de maio, o Teatro Taborda recebe A Cantadeira para um concerto especial em que celebrará um ano do seu primeiro disco, Tecelã. Este espetáculo, que celebra a riqueza da música tradicional portuguesa com uma abordagem contemporânea, contará com a gravação de loops de voz ao vivo e os sons inconfundíveis da gaita-de-fole e do adufe, instrumentos que fazem parte da identidade sonora da artista.
Habitualmente a solo, Joana Negrão – a voz e alma d’A Cantadeira – traz consigo, pela primeira vez, convidadas especiais que a acompanharam no Festival da Canção: Rita Nóvoa, na percussão, e o coletivo Fio à Meada. Juntas, darão nova vida às composições de Tecelã, num concerto que promete ser uma celebração de ritmos ancestrais e harmonias femininas. Tecelã, que conquistou o título de Disco Antena 1, alcançou o quarto lugar na World Music Charts e liderou a lista ibérica Limur, é um trabalho que reflete a fusão entre tradição e inovação, mantendo viva a essência da música de raiz portuguesa. No palco do Teatro Taborda, essa essência será amplificada através da energia vibrante de Joana Negrão e das suas convidadas, numa experiência musical única e envolvente. O concerto d’A Cantadeira no Teatro Taborda é uma oportunidade imperdível para mergulhar na tecelagem sonora deste projeto singular e testemunhar a força da música tradicional reinventada no presente
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Ficha Artística e Técnica: Joana Negrão: Voz, Adufe, Pandeireta e Gaita-de-fole + convidadas surpresa
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No dia 12 de abril, Lisboa recebe um encontro vocal único, onde a música e a diversidade se unem num só palco. Alarido – Coro Feminista e LGBT convida Equivox – Le Choeur LGBTQIA+ de Paris e CoLeGaS – Coro LGBTI+, para uma celebração da voz, da identidade e da partilha. Três coros, três trajetórias, um momento imperdível. Junte-se a nós para uma noite de boas canções, onde o ativismo e a arte se encontram através da música.
Sobre Alarido – Coro Feminista e LGBT surgiu em 2017 e canta arranjos a cappella de canções pop (mais e menos recentes), provando que o ativismo feminista e LGBT também se faz através da música e sempre a muitas vozes. Estreou-se no 1.º Festival Feminista de Lisboa e já atuou nacional e internacionalmente em diversos eventos, cantando a diversidade e a resistência.
CoLeGaS – Coro LGBTI+ nasceu em novembro de 2008 e pretende, através da música, contribuir para uma sociedade mais inclusiva, igualitária e divertida. É um coro que junta pessoas que gostam de se expressar através da sua voz, porque o ativismo também se canta! Com um vasto reportório, e diferentes arranjos musicais de vários hits nacionais e internacionais, o CoLeGaS conta com várias atuações em Portugal e no estrangeiro.
Equivox – Le Choeur LGBTQIA+ de Paris tem cerca de 80 membros e um repertório variado que vai do clássico à pop, incluindo peças com coreografias originais. Fundado em 1989 para os Gay Games, realiza uma dezena de concertos anuais e participa em festivais internacionais como o Various Voices e o GALA. Atua em eventos LGBTQIA+ e colabora com outros coros europeus. Desde 2018, é dirigido por Mariette Girard.
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4 e 5 de abril | sexta-feira e sábado às 21h00 | no Teatro Taborda
“Echoes of Resistance” reflete sobre as várias vezes e formas como caímos na vida. Em palco, um corpo em uma queda constante tenta resistir à gravidade, observando que por vezes para se reerguer, precisa deixar-se levar.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Ficha Técnica: Conceito, Coreografia: Rosana Ribeiro em co-criação com: Performance: Jadwiga Mordarska Dramaturgia: Verena Pircher Assistência de ensaio: Melissa Ugolini Desenho de luz: Katharina Krachler Figurinos: Sara Chéu Som e Composição: Peter Kastner Produção: Selva Produção Executiva: Maria Albergaria Financiado por: BMKÖS, Land Salzburg, Stadt Salzburg; Apoio à residência: SZENE Salzburg, tanz_house, D.ID Dance Identity Website e redes sociais: www.selva.co.at @rosanaribeiro_selva
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14 e 15 de março | sexta-feira e sábado às 21h00 | no Teatro Taborda
Telmah persegue a peça Hamlet de Shakespeare na tentativa de descodificar a sua relação com a morte. Num quarto só seu, ela confronta-se ao falar por correspondência com o irmão Hamlet, com a sua incapacidade de fazer o luto. Apaziguar a morte passará por matar o fantasma dessa mesma pessoa? A atriz Vânia Geraz e o músico Noiserv jogam com a ideia de que Hamlet somos nós. Jogo de não querer ser visto. Querer ver. Ver-se. Ver-se a ver. Ver o outro. Ver o outro a ver-me. Bem-vindo desconhecido.
Legendado em inglês
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
criação projeto Ariadne com Vânia Geraz e Noiserv
direção artística Vânia Geraz apoio à criação e produção Nídia Roque desenho de luz e apoio ao dispositivo cénico Rui Seabra espaço sonoro Noiserv música Noiserv e Vânia Geraz design gráfico Pedro Fonte Co-Produção Centro Dramático de Viana – Teatro Municipal Sá de Miranda / Teatro das Figuras Apoios Projeto Matriz – Bolsa de criação do Cine-teatro de Torres Vedras / Direção-Geral das Artes
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7 e 8 de março | sexta-feira e sábado, às 21h00 | no Teatro Taborda
Afonso Rodrigues, conhecido por projectos como Sean Riley & The Slowriders, apresenta ao vivo o seu novo projecto em nome próprio. Pela primeira vez, o artista aventura-se a cantar em português, num novo capítulo que surge como natural evolução do seu trajecto. A estreia deste novo projecto deu-se com o single “Já nem sei”, que rapidamente conquistou o público e a crítica. Neste espectáculo inédito, Afonso Rodrigues apresenta em primeira mão os temas que compõem o seu novo álbum, “Areia Branca”, que chegará em Março.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Afonso Rodrigues: Voz, Viola e Piano. Filipe Costa: Teclados e Máquinas. Técnico de Luz: António Martins Técnico de Som: Guilherme Gonçalves
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6 a 9 de fevereiro | quinta-feira, às 19h30, sexta-feira e sábado às 21h e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
Glory Hole passa-se num lugar onde pessoas procuram sexo anónimo e rápido. Um encontro entre homens de idades e ambições relacionais diferentes gera o conflito onde passado e futuro se entrelaçam misteriosamente gerando uma imensa solidão. A situação relacional que qualquer glory hole promove parece-nos metáfora pertinente para as redes sociais onde todos olhamos por um “glory hole” mostrando o que queremos sob o efeito de filtros sem a certeza se o que vemos do outro lado não é também ficção.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
FICHA ARTÍSTICA:
FICHA ARTÍSTICA:
Texto e encenação: Tiago Torres da Silva Assistência de encenação: Tiago Fernandes Elenco: Augusto Portela, Baltasar Marçal, Sandra Rosado e Tiago Torres da Silva Cenografia e figurinos: Hugo F. Matos Assistência à cenografia: Sérgio Reis Apoio aos figurinos: Regina Franco Desenho de luz: Tiago Torres da Silva e Hugo F. Matos e Ricardo Ladeira Fotografia: Vitorino Coragem Operação de Luz e som: Ricardo Ladeira Acolhimento Teatro da Garagem
Operação de Luz e som: Ricardo Ladeira Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
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14 e 15 de Dezembro | Sábado às 21H e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
5 de abril – um vetusto regime ditatorial é derrubado, entre muitas flores e poucos tiros. Um homem vagueia pelas ruas de uma Lisboa que mal conhece, na busca inglória da efervescência da revolução. Um grupo de amigos comemora o 25 de abril no dia 25 de setembro. O anfitrião, Natal, reconstrói, criativamente, os acontecimentos, de forma a enfatizar o seu próprio envolvimento na revolução. Um grupo de estudantes africanos trava uma gloriosa luta para manter a ocupação da Casa de Macau. Sob a sombra do poder colonial, a menina Purificação é raptada por um poderoso da terra, despojada de seus laços e seu passado, submetida aos desejos de um “reizinho” – o administrador do concelho, simultaneamente presidente da câmara, juiz municipal, chefe da polícia e o que mais quiser ser. No palco os eventos sucedem-se violando a cronologia sequencial, qual peças de puzzles de memórias paralelas, em distintos horizontes temporais, que se convergem em torno de cravos e liberdade.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto Original: Germano Almeida Dramaturgia: Caplan Neves Encenação, Espaço Cénico e Direção Artística: João Branco Interpretação: Pedro Lamares, Matísia Rocha, Manuel Estevão e Sócrates Napoleão
Direção Musical: Sócrates Napoleão Direção de Movimento e Figurinos: Janaina Alves Música Original: Miss Universo Efeitos Sonoros: José Prata Cenografista: Manuel Estevão Desenho de Luz: César Fortes Design Gráfico: Nuno Miranda e João Branco
Fotografia de Cena: Pedro Sardinha (FITEI) Apoio à Residência de Escrita: Associação Caboverdiana de Lisboa Apoio à Residência de Criação: CRL Central Eléctrica, Armazém22 Apoio à Criação de Figurinos e Cenografia: Teatro do Noroeste / CDV
Produção: Saaraci Coletivo Teatral Produção, difusão e promoção: Companhia Nacional de Espetáculos
Apoios: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
06 de dezembro | Sexta-feira às 21h30 | no Teatro Taborda
Entrada livre
Classificação etária: M/12
Duração: 83 minutos
MULHERES DA BEIRA de Rino Lupo | Com A Cantadeira
Sinopse:
A 8ª edição do Salão Piolho – Cine-Concertos chega mais uma vez à cidade de Lisboa, com a missão de proporcionar um novo olhar sobre um cinema que importa recordar.No dia 6 de dezembro, sexta feira, pelas 21h30 no TEATRO TABORDA, cine-concerto MULHERES DA BEIRA de Rino Lupo, com A Cantadeira. Esta é uma iniciativa da Fundação INATEL acolhida pelo Teatro da Garagem.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Com: José Soveral, Branca de Oliveira, Joaquim Almada, Sarah Cunha
Legendado em português
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
Acolhimento: Teatro da Garagem
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“Arouca. O trágico devaneio de Aninhas, uma jovem e bela camponesa que, por sonhos de riqueza e fascínio amoroso, repele o afeto de André, um rústico contemplativo. Enredada pela sedução do Fidalgo da Mó, é eventualmente desprezada…”
José de Matos-Cruz
Aninhas, filha de um moleiro, é enviada diariamente para vender pão em Arouca, uma pequena vila. No caminho, ignora o amor do pastor André e, ao chegar à vila, encanta-se com o luxo e a sofisticação dos fidalgos. Em uma dessas viagens, Aninhas é seduzida pelo Fidalgo da Mó e foge com ele para o Porto, onde experimenta o esplendor da cidade. No entanto, o fidalgo rapidamente a abandona por outra amante, Clara d’Orsay.
Sobre A Cantadeira
Joana Negrão, conhecida por sua ligação à música de tradição oral portuguesa, desde os Dazkarieh aos Seiva, traz à vida o espetáculo “A Cantadeira”. Inspirada pelas vozes das mulheres de antigamente e de hoje, Joana apresenta uma performance a solo, onde a voz é o fio condutor. Através de camadas de vozes sobrepostas e gravadas ao vivo, A Cantadeira envolve o público em paisagens sonoras que combinam o passado e o presente.
18 de novembro| Segunda-feira das 18h às 20h 25 de novembro | Segunda-feira das 18 às 21h, no Teatro Taborda
Não perca o CICLO GOETHITE FÁUSTICA que irá decorrer, nos dias 18 de novembro, segunda-feira, das 18h00 às 20h, e no dia 25 de novembro, das 18h00 às 21h00, no Teatro Taborda, em Lisboa. Este é um projeto organizado pelo Teatro da Garagem e Universidade Nova de Lisboa. Entrada é livre.
FAZER DISSO UM CREDO
por Carlos J. Pessoa, diretor do Teatro da Garagem
Sobre o Ciclo Goethite, é tudo bom, promissor, entusiástico!
Fazer teatro é um momento de actividade artística e cívica; um pretexto para meditar a partir dos impulsos, sugestões e inspirações, propiciadas pelo objecto artístico.
O teatro completa-se no meta-teatro, na sobreposição de leituras, na sua rarefacção, na injuncão, na aporia; alteração insubmissa, diagonal.
Quanto a Goethe, o polímata, o sabedor e des-sabedor, importa, se calhar, reter uma curta provocação, nesta idade de IA galopante: se Fausto representa o fausto, a ambição desmedida, o ver, cada vez mais, que leva à cegueira; se, por hipótese, o progresso se faz de mais e mais dados, se o petróleo do presente é a informação, mais e mais, acumulada, vectorializada, cruzada, confrontada, recombinada, em aceleração vertiginosa, à velocidade da luz, imagine-se o contrário.
O des-saber, des-acumular, o esvaziar; o vazio do copo para que o copo, de facto, possa existir.
Uma coisa oriental sem rosa dos ventos; um ponto cardeal a vadiar.
Compare-se o negrume mineral de Goethe com a matéria negra universal, por enquanto misteriosa, mas, por simpatia hipotética, expansão do contrário da acumulação: ócio como expansão do negócio, o silêncio como expansão natural do ruído.
Uma vigília musical que se entretece de momices; como o ronronar de um gato que ora aparece, ora desaparece.
Termos a contemplação em lugar da posse.
Termos um novel progresso que não se faz de ter, mas de dar; de uma falência progressiva do tecido empresarial, dos conglomerados monopolistas, em troca do regresso aos bosques da benfeitoria, do zelo, da comunhão e da ironia desmantelada de caprichos (exercício culposo talvez, sem ser fetichista, mágico ou rancoroso; um rigor de contar pelos dedos).
Uma linha de sombra.
Uma solidão artificial por oposição ao paraíso ausente, sem receio de pecados nem melancolia vã; uma história sem passado, sem trauma ou vinco; uma narrativa que se conta sem favor nem pasmo.
Uma delicada feição, um ajuizar morno.
Imagine-se então uma prática comum de co-responsabilidade, de um altruísmo específico, de inteligência fina, incorruptível porque aberta; que se presta a um sentimento de plenitude na pequena coisa, no detalhe; na insignificância livre; como um recadinho em papel de embrulho, ou uma côdea amassada na boca de uma criança.
Dispensam-se utopias, para evitar distopias, mas sabe-se disso.
Um novo mundo de pão e saliva inocente.
Um esvaziamento voluntário.
Reter a respiração e não temer a frase incompleta.
Completar-se na incompletude. Fazer disso um credo.
Ciclo Goethite Fáustica, 18 e 25 de Novembro, no Teatro Taborda
Programa organizado por Cláudia Madeira
Parceria entre o Teatro da Garagem e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Este ciclo de conversas desenvolvido numa parceria entre o Teatro da Garagem e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa tem por objetivo ampliar e enquadrar a peça Fausto de Goethe, com estreia no Teatro Taborda, em Lisboa, no dia 28 de novembro de 2024.
Entre a Filosofia e o Cinema teremos como referência para analisar este último mito da Humanidade uma pedra mineral de nome Goethite, em homenagem ao poeta e polímata (“aquele que sabe muitas coisas”) Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832). Estas conversas são pontes para a leitura da peça teatral e para os nossos questionamentos sobre a nossa vida de todos os dias na atualidade.
A OBRA DE GOETHE E AS METAMORFOSES FÁUSTICAS
Cláudia Madeira, Professora Associada e Vice-coordenadora do Grupo Performance & Cognição ICNOVA NOVA FCSH
A peça Fausto revela-se na duração do tempo, percorre desde a raiz das lendas, até à nossa vida atual. A versão de Goethe ultrapassa os sessenta anos que o autor dedicou a esta obra (a segunda parte foi publicada depois da sua morte) e mistura-se, como o último mito universal da Humanidade, com as nossas vivências, como num grande Athanor, esse forno alquímico onde destilamos a nossa passagem pelo mundo, onde procuramos aprendizagens e conhecimentos, encontrar perceptos e afetos, forjar concretizações hedonistas e intenções altruístas.
Na peça de Fausto, de Goethe, o pacto com Mefistófeles leva-o numa longa viagem onde encontramos os arquétipos do cientista, do amoroso, do sonhador, do incrementador ou do capitalista (Berman, 1989). Na adaptação que fizemos da sua obra, a partir da tradução de João Barrento, encontramos e, por vezes, até sublinhamos, apontamentos de outras obras de Goethe, a Metamorfose das Plantas (1790), o Jogo das Nuvens (1820), a Teoria das Cores (1810) ou o romance Afinidades Eletivas (1809), para irmos ao encontro do que na vida de Fausto é o desejo de conhecimento e o princípio do prazer. Dois movimentos essenciais da emancipação humana (Barrento 2003).
Encontramos nesta obra o limiar da ciência, o percurso alquímico do ser: “a alquimia é a arte do acabamento do homem, ela transforma os escravos em Mestres, em seres livres(…). Tal é também a perspetiva que ilumina o Fausto: a valorização da busca, do esforço, ao longo de um percurso irregular” (Centeno 2007:79). Desta forma, como nos diz Yvette Centeno: “Fausto é um homem imperfeito, excessivo, cheio de contradições – permanecê-lo-á até ao fim. Mas na alquimia o que está em jogo não é tanto a perfeição, como lembrou Jung, mas antes a plenitude – a plenitude do acabamento compreende naturalmente as faltas e os erros.” (p. 79).
O percurso alquímico surge associado aos elementos água, fogo, terra e ar mas também a cores, especialmente a três cores, o negro, o branco e o vermelho e/ou dourado. O negro associado ao nigredo, purgação, dissolução ou putrefação, personificado na primeira parte da peça pela noite da tentativa de suicídio, do desespero do confronto com uma ciência estéril que reproduz o caminho negativo percorrido pelo seu pai, uma ciência equiparada a um beco sem saída, uma ciência ilusória que mais do que cura produz morte. É desse negro, e com Mefistófeles como guia que se inicia a procura do albedo ou iluminação, a aproximação ao branco, quase atingido por via do amor por Margarida. Busca essa que falha, esgotando-o e arrastando-o num novo nigredo com a morte desta. Encerra-se nessa primeira parte da peça a história do pequeno
mundo, o mundo confinado das aldeias e vilas campestres, de uma ciência falhada e de um amor manchado.
Na segunda parte da peça, Fausto recupera e volta à sua viagem, num novo ciclo que se abre para o grande mundo, contendo em si as cinzas dessa experiência de purgação, a viagem ao interior de si mesmo para “alargar os limites do seu eu até aos limites do eu da Humanidade inteira” (Centeno 2007:87). A aurora da manhã desponta de novo. Essa viagem leva-o para lá do tempo presente a uma viagem à Grécia antiga. O encontro amoroso com Helena de Troia traduz mais um passo da sua evolução espiritual, encontra-se com o inconsciente coletivo, traz à vida o arquétipo da pura Beleza, que Fausto integra na sua experiência. Helena revela a realidade perfeita refletida no espelho da bruxa, os ideais formulados na Antiguidade, e a experiência que o arrancará aos “limites do tempo e do espaço” (Centeno 2007: 92). A plenitude é quase atingida. Mas é interrompida abruptamente, o branco da iluminação permanece por atingir, diluindo-se em centelhas de luz que de novo se dissolvem, perdendo a claridade e se tornando centelhas de luz negras, com a morte de Euphorion, o filho da beleza helénica e da coragem fáustica.
Caindo de uma nuvem, Fausto retorna ao tempo presente. Neste mundo concreto procura ser útil à Humanidade, dirigir a sua ação por via do conhecimento, e fazendo do seu laboratório o mundo todo. Deseja transformar o mar em terra fértil, em cidade utópica, num processo sem limites, possível, contudo, só por ato mágico. O seu desejo é mais forte que o seu conhecimento, a vontade transforma-se em obra, nasce o projeto de uma cidade com a ajuda de Mefistófeles, mas não se dá sem engolir o mundo natural e as suas gentes, personificadas por Báucis e Philomen. De novo, nessa inesgotável vontade de ação, Fausto abandona o pequeno mundo à sua sorte. Um reduto de paz campestre que, para ser concretizada a obra, arde no fogo. A cidade nasce com a utopia de liberdade sobre os constrangimentos da natureza.
Fausto consegue concretizar a sua obra derradeira, mas cega. No seu último suspiro sente ainda o cheiro doce das tílias desse pequeno mundo desaparecido.
Na peça não chegamos ao vermelho, a cor da realização espiritual final ou união dos místicos, que nas concretizações do homem se pode transformar no dourado, o ouro da pedra filosofal. Encontramos apenas o seu prenúncio, uma espécie de ouro em pó que se encerra nessa brisa com cheiro a tílias.
Sabemos da peça de Goethe que depois da sua morte Fausto torna-se Mestre, aprendeu e pode ensinar. Já não precisa de guias, ele será o novo guia desse grande mundo que criou. O nosso mundo.
Podemos rever-nos nesta peça como num espelho de água, narcisos ou nenúfares em flor em águas límpidas ou em águas turvas, por vezes, ofuscados pela escuridão, pelo nigredo, por vezes, pelo excesso de luz, outras vezes conseguimos ver nesse espelho tudo o que nos rodeia e tudo o que por uma espécie de “toque de magia” acrescentamos ou fazemos desaparecer.
A peça de Goethe trata da origem da liquidificação da vida. Para melhor compreendermos a sua obra talvez valha a pena debruçarmo-nos pelos ensaios do sociólogo Zygmunt Bauman. Os seus diversos livros intitulados Modernidade Líquida, Amor Líquido, Tempos Líquidos, Vida Líquida, ou ainda Medos Líquidos representam as metamorfoses fáusticas na nossa vida quotidiana. Aí encontramos a concretização da análise de Marshall Berman na sua obra Tudo o que é solido se dissolve no ar (1989). Da esfera íntima à esfera pública tudo se transforma numa forma incorporada de capitalismo a que deveremos estar atentos, como apresentou Anne Imhof, na sua versão premiada de Fausto, no Pavilhão da Alemanha, na Bienal de Veneza de 2017.
O Fausto faz parte do ar dos tempos, incorpora hoje todas as personagens, está em Mefistófeles, em Margarida, em Helena, no Homúnculo, em Euphorion, nas criptomoedas, nos apetrechos tecnológicos, nos novos líderes do nosso mundo. Em nós. Fausto dirige uma tempestade a que chamamos de progresso mas onde, por vezes, ainda ecoa na memória o cheiro das tílias e o seus contornos.
BIBLIOGRAFIA:
Barrento, J. (2003). “Introdução”. Fausto de Johann W. Goethe, Relógio D’Água Editores, (5-25)
Berman, M. (1989). “O Fausto de Goethe: A tragédia do Desenvolvimento”. Tudo o que é solido se dissolve no ar. Edições 70 (41-94).
Centeno, Y. K. (2007) “A Alquimia e o Fausto de Goethe”. Teatro e Sociedade Edições Universitárias Lusófonas (77-105).
Goethe, J. W.(2022 [1790]). A Metamorfose das Plantas, Edições do Saguão.
Goethe, J.W. (2003 [1800-]). O Jogo das Nuvens, tradução de João Barrento. Assírio & Alvim.
Goethe, J.W (1999 [1809]). As afinidades electivas. Relógio Dágua.
Goethe, J.W (2013 [1810]). A Doutrina das Cores. Nova Alexandria
Goethe, J. W.(2022 [1790]). A Metamorfose das Plantas. Edições do Saguão.
Cláudia Madeira
Professora Associada com Agregação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Vice-coordenadora do grupo de investigação Performance & Cognição do ICNOVA NOVA FCSH e investigadora do grupo Teatro e Imagem do Centro de Estudos de Teatro da FLUL. Realizou o pós-doutoramento intitulado Arte Social. Arte Performativa? (2009-2012) e o doutoramento em Sociologia sobre Hibridismo nas Artes Performativas em Portugal (2007) no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É autora dos livros Performance Art in Portugal (Routledge 2023), Arte da Performance Made In Portugal (ICNOVA 2020), Híbrido. Do Mito ao Paradigma Invasor? (Mundos Sociais, 2010) e Novos Notáveis: Os Programadores Culturais (Celta, 2002), entre outros. Escreveu vários artigos sobre novas formas de hibridismo e performatividade nas artes. Leciona na licenciatura e mestrados de Artes Cénicas e Comunicação e Artes do Departamento de Ciências da Comunicação na NOVA/FCSH. Desde 2017 tem vindo a desenvolver trabalho de dramaturgia em colaboração com o Teatro da Garagem O Canto do Papão Lusitano (a partir de Peter Weiss, Lisboa e Bragança 2017); Teatro de um Homem (L)ido (a partir do livro de E.M. de Melo e Castro, Lisboa e São Paulo, 2018); Outra Tempestade (a partir de Shakespeare e Césaire Lisboa e Cabo Verde, 2023), Fausto (a partir de Goethe, Lisboa, 2024). Recentemente participou nas conferências-performance com dramaturgia coletiva: Tempestade Real (Florianópoles, Agosto 2024) e Crazy Kales (Barcelona, Novembro 2024).
18 DE NOVEMBRO, 18H-20H
Bartholomew Ryan
Os Faustos na filosofia: dúvida, desejo, desespero e negação
A história e a figura de Fausto não só inspiraram a criação de muitas grandes peças, poemas e romances da literatura moderna (Marlowe, Goethe, Lenau, Heine, Stein, Pessoa, T. Mann, K. Mann, J. G. Rosa, Bulgakov, etc.), mas também, embora de forma mais implícita, de importantes obras na filosofia moderna. Fausto foi chamado “personificação da dúvida” por Kierkegaard; A Fenomenologia do Espírito de Hegel (publicada no mesmo ano que a obra de Goethe, Fausto: Parte I) pode ser vista como uma viagem filosófica faustiana; e “o espírito que sempre nega” [der Geist der stets verneint] de Mefistófeles assombra as obras revolucionárias de Marx, Nietzsche e Georg Lukács. Através do mito de Fausto na filosofia, podemos compreender e enfrentar melhor alguns estados interpenetrantes e mutáveis da realidade contemporânea, como a dúvida, o desejo, o desespero e a negação.
Bartholomew Ryan é investigador de Filosofia no Instituto de Filosofia da NOVA (IFILNOVA) da Universidade NOVA de Lisboa e professor convidado no Departamento de Filosofia da FCSH onde leciona um curso de mestrado sobre ‘Arte e Experiência’. É coordenador do Grupo de Investigação “Formas de Vida e Práticas da Filosofia”, e foi coordenador do CultureLab no IFILNOVA de 2017 a 2022. É membro do “Grupo de Investigação em Filosofia e Literatura” e do “Grupo de Estudos sobre Nietzsche”. É ainda membro da equipa de investigação do Projecto Exploratório “Mapping Philosophy as a Way of Life: An Ancient Model, a Contemporary Approach”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Foi docente no Bard College Berlin (2007-2011), e lecionou também em universidades no Brasil, bem como em Oxford, Croácia, Aarhus, Dublin e Bishkek.
O seu trabalho académico e criativo orbita em torno do tema da “transformação” e da pluralidade do sujeito, levando em consideração as múltiplas realidades e identidades que pode construir a condição humana moderna e o ser ecológico. Os principais âmbitos da sua atividade académica são sobre a tensão entre filosofia e literatura, modernismo como um problema filosófico, o teatro do Eu, e a arte ecológica da viver e morrer, com um foco especial sobre figuras como Kierkegaard, Pessoa, Joyce, Nietzsche, e Roger Casement. Os seus próximos dois livros são Fernando Pessoa: Critical Lives(Reaktion Press, 2024) e James Joyce: The Unfolding Art of Flourishing and Decay (OUP, 2025). Também é o autor do livro Kierkegaard’s Indirect Politics: Interludes with Lukács, Schmitt, Benjamin and Adorno (Brill/Rodopi, 2014). É co-organizador de quatro livros, o mais recente é Fernando Pessoa and Philosophy: Countless Lives Inhabit Us (com Antonio Cardiello e Giovanbattista Tusa; Rowman & Littlefield, 2021).
Na área de música: em 2022, lançou um álbum a solo chamado ‘Jabuti’ sob o nome Loafing Hero; e é ainda líder do projeto musical internacional The Loafing Heroes, que lançou o seu sexto álbum, ‘meandertales’, em 2019. Faz também parte do projeto de música experimental Headfoot.
25 DE NOVEMBRO, 18H-21H
Pedro Florêncio
Dos estudos de Goethe aos esboços de Murnau: notas sobre materialismos em Fausto (1926)
Esta sessão terá como caso de estudo o filme Fausto (1926), de F. W. Murnau, do qual veremos três breves excertos acompanhados de comentários sobre os conceitos de “estudo” e “esboço” enquanto subgéneros menores da história da arte. Argumentar-se-á que as obras de J. W. von Goethe e F. W. Murnau estão na base de uma proposta estética em que a filosofia romântica e a modernidade artística se consubstanciam, deixando-nos pistas para a pensar o cruzamento entre arte e ciência nos dias de hoje.
Pedro Florêncio é licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema, mestre em Cinema e Televisão pela NOVA FCSH, doutorado em Artes Performativas da Imagem e Movimento pela Universidade de Lisboa. Realizou, entre outros, os filmes À Tarde (2017), Turno do Dia (2019) e Nocturna (2023). Publicou, em 2020, o livro “Esculpindo o Espaço – O cinema de Frederick Wiseman”, entre outras publicações dispersas sobre cinema. É docente na NOVA FCSH.
28 de novembro a 1 dezembro | Quinta-feira às 19h30, Sexta-feira e Sábado às 21H e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
Johann Wolfgang Von Goethe trabalhou 60 anos da sua vida na obra Fausto. O que é que leva uma pessoa a dedicar 60 anos da sua vida a uma tarefa? Que queria Goethe com este projecto desmesurado? Salvar a humanidade do seu destino inexorável, trágico, fatídico; repleto de interjeições, mistérios, sobressaltos? Que absoluto busca Goethe? Que podemos aprender com ele? Muita coisa: o deslumbramento do mundo, da sua multiplicidade, da sua riqueza; de macro a micro e vice-versa; da inelutável fertilidade que contrapõe ao fim o início, como se a morte estivesse colada à acção e ao desejo; como se (re)nascêssemos dessa guerra de Tróia revisitada: matar o adversário é possuí-lo , é amá-lo e conhecê-lo, é comê-lo para o homenagear e para garantir a posse das suas qualidades. Viveremos sempre da aniquilação, subjugação, colonização de um outro? É uma ideia insuportável e ainda assim, continuamos; Goethe continuaria mais 60 anos se o pudesse. E por fim, a revelação. A de não restar outra possibilidade que a do progresso nos explodir nas mãos, como dispositivos armadilhados: pagers, telemóveis, walkie-talkies, painéis solares; crashes vários, num complô de explosões simultâneas, que nos reduz à ínfima condição de gente nua e assustada, tal e qual a serie televisiva de grande sucesso, só que sem espectadores, nem cenário exótico, já que estamos todos nus e assustados.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
TEXTO: Johann Wolfgang Von Goethe ENCENAÇÃO: Carlos J. Pessoa DRAMATURGIA: Cláudia Madeira CENOGRAFIA: Herlandson Duarte DESENHO DE LUZ: Luís Bombico FIGURINOS: Miss Suzie ASSISTENTE DE FIGURINOS E CORTE: Dino Lima ASSISTENTES CONFEÇÃO: Carolina Fadigas, Marisa Carboni e Sara Peterson CABELOS E MAKE UP: Miss Suzie e Guilherme Gamito OPERAÇÃO DE LUZ: André Mateus e Luís Bombico OPERAÇÃO DE SOM E VÍDEO: Jorge Oliveira INTERPRETAÇÃO: Ana Lúcia Palminha, André Pardal e Nídia Cardoso FOTOGRAFIA E VÍDEO: Vitorino Coragem COMUNICAÇÃO: José Grilo DESIGN: Sara Kurash DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Raquel Matos PRODUÇÃO EXECUTIVA: Luís Puto e Rita Soares
Apoios: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Universidade Nova de Lisboa
Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Produção: Teatro da Garagem Apoio: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com
22 e 23 de novembro | Sexta-feira às 21h e sábado às 18h | no Teatro Taborda
Performance dramatizada de algumas páginas da ficção “Foliação – Applebroog-Horn” lidas pelo autor, Alberto Velho Nogueira, acompanhado pelas improvisações de Emídio Buchinho, guitarra e electrónica. As duas linguagens, a da leitura e a do guitarrista, propõem uma intervenção encenada sobre os sinais que o texto fornece, agora recitados num lugar específico para uma percepção dos discursos ficcionais, dando a possibilidade de interpretar ou de transformar os sentidos do texto. A leitura amplifica o trabalho literário ou favorece a complexidade dos sentidos. É uma leitura interpretativa de um modo de conceber o ficcional literário e o ficcional musical numa utilização dramática.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Leitura a partir de “Foliação – Applebroog – Horn”
Leitura: Alberto Velho Nogueira Guitarra e electrónica: Emídio Buchinho
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
14 a 17 de Novembro | Quinta-feira às 19h30, Sexta-feira e Sábado às 21H e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
“Toda a mulher tem sangue para quatro ou cinco filhos, e quando não tem transforma-se em veneno. É isso que vai acontecer comigo.” Inspirado numa peregrinação andaluza onde afluem mulheres estéreis, Yerma representa um drama humano: a frustração, a solidão, os ciúmes, o desencanto e as convenções sociais levam a personagem principal a cometer o irreparável para finalmente conquistar a liberdade. Situada entre as ´Bodas de Sangue` e ´A Casa de Bernarda Alba`, Yerma é transportada pela bela escrita metafórica de Federico García Lorca que compõe uma tragédia de frustração, misturando lírico e barroco. Toda a peça gira em torno da fertilidade: nesta primeira metade do século XX, como em todos os séculos que a precederam, a mulher é antes de mais nada um útero: “Nós, mulheres, só temos uma coisa a fazer: filhos e cuidar deles.” No entanto, o marido de Yerma, Juan, abandona a esposa enquanto ela sonha em ter um filho. Toda a vida da aldeia, toda a vida social, gira em torno da maternidade. “Além disso, nesta Andaluzia tão fortemente marcada pelo Islão e pelo catolicismo estrito, ter filhos é o sinal da eleição de Deus e a manifestação da sua bênção” (escreve Albert Bensoussan, tradutor da peça e autor do dispositivo crítico). A frustração desenvolvida por Yerma, a vergonha que sofre e o desejo carnal que sente por outro aldeão levam-na ao assassinato do marido.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Encenação: Alexandre Païta Texto: Federico Garcia Lorca Adaptação: Michelle Bercet Com: Sonia Vieira Cardoso, Pat Lagadji, Youri Hanne, Daniela Sepulveda, Jean – Baptiste Blondel, Stephanie Monastesse, Marie- Camille Courvoisier, Mileine Homsy, Antoine Bottiroli, Maé Mottaz Design vídeo: Daniela Sepulveda Criação de Luz: René Donze
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com
14 e 15 de Dezembro | Sábado às 21H e domingo às 16h30 | no Teatro Taborda
5 de abril – um vetusto regime ditatorial é derrubado, entre muitas flores e poucos tiros. Um homem vagueia pelas ruas de uma Lisboa que mal conhece, na busca inglória da efervescência da revolução. Um grupo de amigos comemora o 25 de abril no dia 25 de setembro. O anfitrião, Natal, reconstrói, criativamente, os acontecimentos, de forma a enfatizar o seu próprio envolvimento na revolução. Um grupo de estudantes africanos trava uma gloriosa luta para manter a ocupação da Casa de Macau. Sob a sombra do poder colonial, a menina Purificação é raptada por um poderoso da terra, despojada de seus laços e seu passado, submetida aos desejos de um “reizinho” – o administrador do concelho, simultaneamente presidente da câmara, juiz municipal, chefe da polícia e o que mais quiser ser. No palco os eventos sucedem-se violando a cronologia sequencial, qual peças de puzzles de memórias paralelas, em distintos horizontes temporais, que se convergem em torno de cravos e liberdade.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto Original: Germano Almeida Dramaturgia: Caplan Neves Encenação, Espaço Cénico e Direção Artística: João Branco Interpretação: Pedro Lamares, Matísia Rocha, Manuel Estevão e Sócrates Napoleão
Direção Musical: Sócrates Napoleão Direção de Movimento e Figurinos: Janaina Alves Música Original: Miss Universo Efeitos Sonoros: José Prata Cenografista: Manuel Estevão Desenho de Luz: César Fortes Design Gráfico: Nuno Miranda e João Branco
Fotografia de Cena: Pedro Sardinha (FITEI) Apoio à Residência de Escrita: Associação Caboverdiana de Lisboa Apoio à Residência de Criação: CRL Central Eléctrica, Armazém22 Apoio à Criação de Figurinos e Cenografia: Teatro do Noroeste / CDV
Produção: Saaraci Coletivo Teatral Produção, difusão e promoção: Companhia Nacional de Espetáculos
Apoios: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril
Acolhimento: Teatro da Garagem
Apoios: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
11 e 12 DE Outubro | Sexta-feira e Sábado às 21H | no Teatro Taborda
A Amêsa ou a Cancão do Desespero é um monólogo para duas actrizes, no qual se revela a dualidade da condição humana e a oscilação entre o optimismo e o pessimismo no processo que levou da luta de libertação anticolonial até ao conturbado período imediatamente antes e depois da independência de Angola.
“Escrito em 1991, o drama coloca em cena a realidade de uma mulher Amêsa, e os seus conflitos. Amêsa simboliza a própria nação angolana, que sofre ao perceber que é destruída pelos próprios conflitos internos e vive na ténue linha divisória entre a esperança e a desesperança”. Luciana Éboli (Brasil).
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA Actrizes: Cláudia Púcuta- Amêsa 1; Graciany Sukissa – Amêsa 2 Texto, Cenografia e Direcção: José Mena Abrantes Figurinos: Anacleta Pereira Desenho de Luz: Paulo Cochat Desenho do Programa: Tiago Mena Abrantes Músicas e Som: Raul Rosário- Percussão e Ambiente Sonoro (ao vivo) Produção: Elinga-Teatro (57ª)
Acolhimento Teatro da Garagem Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Numa concepção utópica, Lavoisier, formado por Patrícia Relvas e Roberto Afonso, seria o encontro entre os Beatles com a dupla Kurt Weill e Bertold Brecht numa adega em Trás- os-Montes, comendo muamba, regada com uma bela cachaça. ‘Aí’, álbum publicado em 2022, “é uma obra fonográfica que projetamos para fora daqui. Um lugar, um espaço idílico, uma utopia que se concretiza através de encontros e ações”. Fruto dessas ações, são percorridos onze passos, por diferentes continentes e geografias, onde surgem com uma nova linguagem retorcida, transformada e influenciada por outros gestos que não os seus, que ilustram o caminho a percorrer daqui até ‘Aí’. A apresentação de ‘Aí’ no Teatro Taborda representa a celebração e o encerrar deste ciclo criativo. O mote para o que está por vir. Garante já a tua presença!
Duração Espectáculo: 100min
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Patrícia Relvas – voz, percussões e eletrónicas. Roberto Afonso – voz e guitarras. Cid Saldanha – F.O.H. Luís Moreira – Iluminação
Acolhimento Teatro da Garagem
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com